Dibs: em busca de si mesmo

RESENHA – DIBS: EM BUSCA DE SI MESMO

Dibs: em busca de si mesmo, escrito por Virginia M. Axline, em 1964, conta a história de uma criança de seis anos que não se socializava muito bem. Na escola, Dibs ficava engatinhando ao redor da sala procurando objetos interessantes, quando achava um, logo perdia a vontade e buscava por outro. As professoras diariamente tentavam conversar com ele, liam livros e mostravam-lhe objetos possivelmente interessantes, mas Dibs nunca demonstrava uma resposta a essas ações, mesmo assim as professoras não perdiam as esperanças. Em casa, não conversava com a família, os pais achavam que o filho tinha alguma deficiência e por isso mantinham-no mais afastado. Porém a escola acreditava no potencial do aluno e convidou uma terapeuta para ajudá-los. Dibs começou a freqüentar a sala de ludoterapia todas as quintas-feiras e é a partir desse momento que podemos ter a certeza de que ele é uma das pessoas mais incríveis que conhecemos. Nas primeiras sessões agia muito introspectivamente, mas no decorrer das sessões mostrava todas as suas habilidades de leitura, soletração, escrita, resolução de problemas, além da criança super amável, doce e inteligente que existe por detrás de tantos problemas psicológicos e emocionais. Dibs conseguiu exteriorizar suas emoções e deixar todas as suas angústias naquela sala de brinquedos, apenas com brincadeiras e invenções que ele mesmo criava, como uma forma de dizer a verdade para si e para a terapeuta, teoricamente, apenas brincando. Ao mesmo tempo que Dibs cavava para enterrar esses sentimentos, conseguia se encontrar a cada sessão. Mas não só Dibs que teve que mudar, seus pais também. Eles não foram as sessões de terapia, mas com todas as transformações que aconteciam com a criança, eles perceberam que haviam de mudar sua forma de agir e enxergar. Finalmente, Dibs e seus pais superaram todos estes empecilhos, que já estavam encravados ali há anos, e puderam viver uma vida feliz. Surpreendeu-me