Denúncia e esperança em cacau, de jorge amado
Disciplina de Língua Portuguesa, Ministrada pela Professora Nereida Dourado.
ENSAIO LITERÁRIO
Denúncia e esperança em Cacau, de Jorge Amado
Jéssica Andreza Oliveira Rodrigues1
Estamos diante de um dos escritores brasileiros mais lidos e traduzidos em línguas estrangeiras deste século, Jorge Amado (1912 - 2001) nascido em Piranji, no estado da Bahia. Os seus livros seguem numa sequência de tempo impressionante, um sentido de amadurecimento, de orientação literária. O autor consegue transparecer ao leitor, seus pensamentos mais profundos, transmitindo com bastante clareza a principal ideia de suas obras, determinando seus valores ou expressões mais fortes. Assim entre seus treze romances , destaco o livro Cacau, que alcançou seu primeiro grande êxito em 1933, iniciando o "Ciclo do Cacau" e contando a história dos trabalhadores em fazendas de cacau do sul da Bahia, na década de 1930, visando a expansão das ideias socialistas e a luta de classes no hostil mundo dos trabalhadores do cacau. Jorge Amado faz um questionamento acerca do caráter proletário ou não do romance em questão, ainda que ele alegue ter escrito esse romance usando de mais honestidade que literatura, assim inicia seu livro com o seguinte trecho: Tentei contar neste livro, com um minimo de literatura para o máximo de honestidade, a vida dos trabalhadores da fazenda de cacau do sul da Bahia. Será um romance proletário ? ( J.M - Rio 1933)
Branco, cabelo louro, alfabetizado, Cearense destoa dos demais trabalhadores e chama a atenção de Mária, filha do coronel dono da Fraternidade. A relação com a moça vai colocá-lo mais uma