Democracy and development: political institutions and material well-being in the world, 1950-1990
Neste trabalho, os autores analisam a relação entre regimes políticos e desenvolvimento econômico sob a perspectiva da Teoria da Modernização, precisamente a partir dos postulados formulados por Lipset e Huntington. Afinal, é o desenvolvimento econômico que promove a democracia ou a democracia que propicia o desenvolvimento? O desenvolvimento é entendido pelos autores como um processo multifacetado de transformações estruturais, não apenas econômicas, que se manifesta no crescimento da renda, produtividade, consumo, investimento, educação, expectativa de vida e o emprego, e tudo isso contribui para o bem-estar material das pessoas. Objetivam avaliar os efeitos dos regimes políticos no bem-estar material das pessoas que vivem sob eles. Em outras palavras, desejam saber se regimes políticos fazem a diferença na vida das pessoas. Para tal avaliação, eles analisam o impacto dos regimes sobre o crescimento econômico de uma nação, sobre a saúde e a educação de sua população. Essas são as três dimensões utilizadas pelos autores para pensarem acerca do bem-estar material. O crescimento econômico pode ser aferido pelas variáveis crescimento do consumo per capita, da produtividade, do investimento e do crescimento do emprego. A saúde e a educação podem ser medidas pelas taxas de natalidade, mortalidade, fecundidade, mortalidade infantil, expectativa de vida, e as taxas de matrícula escolar. É por meio dessas três dimensões e de suas variáveis que os autores estudam os efeitos dos regimes na qualidade de vida das pessoas. Os autores iniciam a análise a partir da classificação dos regimes como democracias ou ditaduras, o que, segundo eles é um ponto crucial, pois todas as demais apreciações dependem disso. Feito isso, os autores passam a estudar a relação