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A contemporaneidade da discussão passa, necessariamente,pelos processos de mudanças que vem ocorrendo nas ultimas décadas, onde apontam para transformações significativas na relação entre Estado e sociedade. Trata-se de um processo difícil e conflituoso, em que fatores externos e internos evidenciam os dilemas da atualidade.
As construções inacabadas das novas sociabilidades mundiais, como a globalização e o imperativo da economia de mercado, além do neoliberalismo, que trouxeram como conseqüência a organização dos blocos econômicos: União Européia, MERCOSUL, ALCA etc. colocam os Estados Nacionais, sobretudo os mais fracos, na dependência dos ditames dos Estados ricos, que procuram determinar e impor a trajetória de uma nova ordem internacional.
Apesar das incertezas do mundo contemporâneo, a democracia continua sendo o parâmetro e a possibilidade de construção de sociabilidades que devem ser conjugadas com igualdade e justiça.
A recente experiência histórica brasileira se insere em processos que vêm possibilitando mudanças imperativas na cultura da democracia, as quais interferem decisivamente na relação entre Estado e sociedade. Hoje se fala em um novo sentido de democracia direta e de uma cidadania de um novo sentido.
Democracia acrescenta a seu legado moderno a possibilidade do reconhecimento pleno dos direitos da minoria e respeito integral aos direitos humanos.
A refundação de democracia esta intimamente ligada a trajetória histórica recente dos chamados Novos Movimentos Sociais, e, a partir deles, a institucionalização de um outro sentido de cidadania ativa, contrapondo o modelo normativo de Estado e mercado, reguladores da condição de cidadania,ativa, no limite do voto, e passiva, na dependência da normatização estatal.
É recorrente nos dias atuais, depararmo-nos com movimentos sociais que expressamos antagonismos que demarcam os conflitos contemporâneos. São os movimentos