Crise na libia

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Kadafi está no poder desde 1969, quando derrubou o rei Idris I, em um golpe de estado sem derramamento de sangue, quando tinha 27 anos. Criou o conceito de “Estado das massas”, em 1977, onde o poder é exercido através de milhares de “comitês populares”.
O conflito na Líbia começou em fevereiro resultante da demanda de uma parcela da população que não está representada no governo de Muamar Kadafi, no poder desde 1969. Influenciados pelas manifestações que ocorreram antes na Tunísia e no Egito, habitantes do leste do país (fronteira com o Egito), também passaram a reivindicar maior participação na distribuição da riqueza da Líbia e maior representatividade junto ao governo. Ao ver que seus vizinhos conseguiram derrubar regimes arraigados no poder, o povo da Líbia decidiu agir para tentar derrubar Kadafi. Assim como o tunisiano Zine el Abidine Ben Ali e o egípcio Hosni Mubarak são políticos desgastados que não queriam ceder o poder, nem permitir a existência de uma oposição confiável em seus países. No país, há cerca de 10 grandes comitês, subdividido em várias outras, porém, o ditador favorece enormemente o pequeno comitê a que pertence - o dos Kadafa - e as elites são extremamente corruptas.
As causas da revolta na Líbia são similares às da Tunísia e Egito. São produto da repulsa de uma população que tem sido subjugada em vários sentidos, indignada por ver como o presidente, sua família e a elite governamental enriquecer, sobretudo os militares, que protegem os interesses desses presidentes para, ao mesmo tempo, proteger seus próprios interesses. No caso de Kadafi, com seu estilo de governo totalmente ditatorial e sua personalidade excêntrica acabaram com a paciência do povo líbio.
Os então denominados “rebeldes” é uma combinação de todas as camadas da população líbia, lideradas por uma classe média. Mas o esforço é da grande massa - sem ela, o grupo não teria conseguido tantas vitórias. Os rebeldes talvez não tivessem imaginado que isso poderia resultar na

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