Análise da crise da líbia e seus impactos no brasil

Localizada no norte da África, a Líbia sofreu nos últimos meses diversas revoltas populares decorrentes da insatisfação com o governo e influenciadas pela onda de protestos ocorridos no Oriente Médio. Esse efeito dominó gerou uma apreensão econômica de âmbito mundial, contudo os impactos da crise na relação Brasil-Líbia ainda estão sendo analisados. O país africano tem como moeda o dinar líbio, que equivale a sessenta e nove centavos do real brasileiro. Além de manter acordos bilaterais que abrem o mercado líbio para empresas como a Petrobras no setor petroquímico e Odebrecht e Queiroz Galvão no ramo da construção civil, o Brasil também exporta para o país árabe produtos como minério de ferro, fumo, açúcar, carne bovina, laranja, café, ervas, tratores agrícolas e principalmente trigo. O mercado exportador brasileiro movimentou em torno de R$ 739 milhões em 2010($456 milhões de dólares), e isso se deve aos muitos atrativos, desde espaço para seus produtos até a estrutura desenvolvimentista e progressiva do Estado Líbio.
As importações brasileiras são constituídas basicamente por petróleo, nafta para empresas petroquímicas e propeno. De acordo com dados do Ministério de Comércio Exterior esse mercado atingiu cerca de R$162 milhões no ano passado ($100 milhões de dólares). A abertura do mercado líbio-brasileiro permite que hoje estejam vivendo e trabalhando no país oriental aproximadamente 600 brasileiros, que recebem uma média salarial baseada em R$405 reais.
Ainda no setor econômico, em 2010, a nação de Muamar Kadafi apresentou um PIB de R$ 82 bilhões e uma renda per capta de R$19.440. Segundo a chefe da Emergência do Serviço de Operações da FAO, Daniele Donati, quando entrevistada pela UOL, disse que a crise atual terá um impacto significativo sobre a segurança alimentar na Líbia, essa situação poderá levar a uma interrupção súbita das importações e ao colapso do sistema de distribuição interna. O turismo da região que é resumido as suas atrações arqueológicas