Crise, Contradições e Restruturação do Capital
O desenvolvimento do texto a seguir, tomou como base os escritos de José Paulo Netto em seu livro com a parceria de Marcelo Braz, “Economia política: uma introdução crítica”, onde é abordado de maneira didática e explicativa o desenrolar das crises e as contradições do capitalismo, mais especificamente localizado no capítulo sete, interligando-o a tese de doutorado em Serviço Social de Cleonice Lopes Nogueira, sobre a “Reestruturação Produtiva Industrial e as Práticas de Construção de Consenso”, o qual nos debruçamos especificamente sobre o debate teórico da reestruturação produtiva, discorrido pela autora no tópico dois: Crise do Capital e Reestruturação Produtiva: um debate teórico.
Elaboramos a construção de uma síntese, enquanto metodologia utilizada, com a pretensão de expor, de modo introdutório às questões concernentes ao conjunto de compreensões apreendidas, sobre o terreno das discussões travadas no contexto do processo de reestruturação produtiva do capital, enquanto mecanismo de saída das crises.
Crise, Contradições e Restruturação do Capital: Debate teórico Durante a história do capitalismo seu processo de crescimento e expansão foi constantemente interrompido, conturbado por depressões, caracterizada por falências, desemprego e miséria. Os períodos de pleno progresso econômico foram, como aponta Netto, catorze vezes seguido por crises, algumas ocorridas nos anos de 1891,1900,1907,1913,1921,1929 e 1937-1938. Em especial a crise de 1929 se destaca por seus impactos e consequências catastróficas.
Inicialmente as crises eram pontualmente localizadas, desde 1847-1848 passou a atingir uma escala mundial. Apesar da elaboração de estratégias na modificação do papel desempenhado pelo Estado burguês para além de uma intervenção na dinâmica econômica, tendo em vista a redução dos impactos da crise, no decorrer de todo período histórico, até a entrada do século XXI, o capitalismo continuou oscilando entre os movimentos favoráveis de