Cracker

Sam nadava ofegantemente. Seus ombros largos deram velocidade ao nado enquanto sua altura facilitou seu embarque no navio. Seus fios de cabelo dourados estavam negros após o ataque da criatura que o lançou em queda livre ao mar. Ao pisar na embarcação o rapaz sacou uma longa espada prateada de dois gumes e correu em direção à batalha em curso. Sam estremeceu. O monstro de oito tentáculos era assustadoramente grande. Seus olhos azul-piscina rapidamente se transformaram em um vermelho escarlate. Ele sentiu o sangue quente correndo mais rápido por todo seu corpo e uma raiva intensa percorreu sua alma. Seus pés perderam contato com o chão em uma velocidade absurdamente alta, produzindo um som ensurdecedor que interrompeu o massacre do Cracken e atraiu sua atenção para os céus. A luz solar rompeu a barreira de uma pequena nuvem cinzenta e acertou o olho da fera como uma flecha. O monstro ficou atordoado e soltou os tripulantes imediatamente, que correram e pegaram suas espadas para enfrentar a fera até que se ouviu um barulho estrondoso vindo dos céus e todos os tripulantes, sabendo do que se tratava, se jogaram no mar e nadaram para o mais longe possível para que os danos fossem menores.
Antes mesmo que o Cracken pudesse soltar os destroços do barco, um objeto atravessou a linha do mar em alta velocidade e puxou dois dos tentáculos do bicho para dentro d’água, levando assim o resto de seu corpo para a batalha submarina.
O garoto voador tinha um poderoso raio vermelho controlado na palma de sua mão, e o lançou em direção aos três primeiros tentáculos do Polvo Gigante que estavam agrupados e os cortou. O jovem sacou sua espada que adquiriu um forte brilho também vermelho e segurou-a com firmeza ao passar com a arma no meio da cabeça da fera. A fera grunhiu e gemeu, mas não resistiu ao golpe deferido à sua cabeça.
O loiro subiu à beira da praia flutuando sobre as águas e sentou-se ao lado dos ex-tripulantes que disseram-lhe: “Soubemos que este era o filhote. Nós