CONFLITOS DE CONSUMO E JUÍZO ARBITRAL
Na vida do ser humano há ciclos de nascimento e perda: perda e renovação são uma constante.
Somos ainda seres sociais, nascidos e educados no interior de uma família ou de alguma instituição que tenta cumprir as funcões determinadas por nossa cultura.
E ao falarmos sobre família é importante termos a noção de que sobre esta o tempo também incide, instaurando ciclos nos quais demanda-se a transformação de funções, de papéis, a abertura para o novo e a permissão para a despedida.
Não é tao simples assim receber o novo e abrir mão do antigo, ou mesmo reciclá-lo...
Nao é da noite para o dia que um corpo muda, uma relação se transforma ou a menina deixa de lado as bonecas...
Muitas vezes a exigência de mudança é recebida com resistência, saudade, dor... adoecimento!
Como partimos do princípio de que a família funciona como um sistema, onde cada membro faz parte da estrutura relacional, influenciando e sendo constantemente influenciado, quando um membro muda, atinge todo os sistema, causando um desequilíbrio transitório que demanda uma nova forma de organização: dependendo da fase que a família estiver atravessando, a necessidade exigirá do sistema metarmorfoses, o que pode causar abalos que se traduzirão em menor ou menor crise.
O sentido de crise aqui se traduz pela conotação dada por Erik Erikson quando se refere ao processo de desenvolvimento da personalidade: um período de transição que representa tanto uma oportunidade para o desenvolvimento, quanto um momento de perigo e maior vulnerabilidade frente à desorganização mental.
Tais crise esperáveis têm relação com acréscimento e desmembramento na família, ou seja crise alavancadas por entrada ou saída de indivíduos na família, que podem ter repercussões de diferentes graus e influênciais variáveis na distribuição de papéis, dependendo de como a família é capaz de negociar a transição.
Tal modificação nem sempre é instantânea, mas processual: dando-se a partir de pequenos avanços,