Como é que a analítica existencial de heidegger desconstroi a concepção metafísica da subjetividade?

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Como é que a Analítica existencial de Heidegger desconstroi a concepção metafísica da subjetividade?

Há muito que a Filosofia se pergunta pela questão do ser. O que significa o ser? Em Parmênides encontramos a definição lapidar: “Pois existe o ser”. Também Aristóteles em sua Metafísica propõe a questão do ser. Pergunta-se sempre somente pelo ente com referência ao seu ser. Quando questionamos o ente assim como ente, vemos não em relação ao fato de ele estar simplesmente presente, por exemplo, como uma cadeira, uma mesa ou uma árvore, mas sim como ente: vemos, pois em relação ao seu ser. Esta é a questão fundamental de toda a Metafísica[1]. Para Heidegger, fora do ente não há ser. O ser não é o ente, mas o ser do ente. Afirma pensar o ser como tal: o ente enquanto ente. Enquanto o que é se identifica com o ser. Ser enquanto ser. Sabendo que este modo de pensar o ser vai dar lugar a ciência ocidental como resultado recorrente da Metafísica, Heidegger, na sua Analítica existencial do Dasein, admite que nos esquecemos da verdadeira compreensão do ser. Este é o primeiro preconceito que aparece na Analítica do ser para nos mostrar que é necessária uma mudança radical da posição do homem diante do ente. Não obstante, se pensarmos a “questão do ser” no sentido da questão sobre o ser, como tal, será então claro para todo aquele que a pensar também, que à Metafísica o Ser, como tal, fica oculto, permanece-lhe esquecido e de modo tão decisivo, que o próprio esquecimento do ser, que é novamente esquecido, constitui o impulso desconhecido, mas constante da investigação metafísica. Entretanto, a “questão do ser” tão usada hoje em dia oculta uma ambigüidade. Estamos tratando do esquecimento do ser. No início de “Ser e Tempo”, qual vai ser o guia desse pensamento? Nos propõe ele mesmo, ôntico e ontologicamente como compreensão do ser, isto é, como a necessidade de se partir do ser e não do ente. Concebemos assim a Analítica existencial como uma estrutura ontológica

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