Baunam
Segundo palavras de G. H. Von Wright (apud, Bauman, 1.999, p. 64), a Nação-Estado “parece que se está desgastando ou talvez ‘definhando’, ou seja, existe uma grande possibilidade de eliminação do Estado-Nação, o que pode levar a uma desordem mundial”.
Essa desordem mundial nada mais é do que uma sequência de atos, que se inicia com a falta de definição dos rumos e da falta de quem a controla.
Devido a esse processo, Bauman diz que “o significado mais profundo transmitido pela idéia da globalização é o do caráter indeterminado, indisciplinado e de autopropulsão dos assuntos mundiais; a ausência de um centro de um painel de controle, de uma comissão diretora, de um gabinete administrativo” (p. 67), portanto, a globalização não é nada mais que um processo de desordem da economia e das relações sociais e que leva a percursos inesperados, pois, não se planejam os caminhos, simplesmente eles acontecem.
Consequentemente, nos deparamos com a morte da soberania do Estado, que tem de abrir mão do seu controle para privilegiar a nova ordem mundial. Não se supõe em tempos atuais, um Estado que vise uma política fechada que não se vislumbre o mercado global. O poder econômico foi extremamente abalado e não existem maneiras de se governar a partir de ideologias políticas e interesses soberanos da nação.
A globalização impõe seus preceitos de forma totalitária e indissolúvel, impondo pressões que o Estado não é capaz de fazer desaparecer, ou seja, alguns minutos bastam para que as empresas e a Nação entrem em colapso. O Estado está despido de seu poder e de sua autoridade, somente lhe remanesceram ferramentas básicas para a manutenção do interesse das grandes organizações empresariais. Cabe destacar que toda essa desorganização tem como ponto mais alto as regras de livre mercado, políticas especulatórias, capital global e um Estado pequeno e fraco, que tem como única função a manutenção e criação de processos que mantenham a estabilidade