BACILLUS CEREUS

INTRODUÇÃO

Ao consumir alimentos, nunca estamos totalmente livres dos microrganismos. Por mais que se tenha cuidados, é muito difícil que se encontre alimentos livres de agentes patogênicos. Em certas quantidades, alguns patógenos são altamente infecciosos e podem causar intoxicações alimentares. O trabalho do Nutricionista está em deixar o alimento em condições que permitam a mínima proliferação de microrganismo e que assim, o alimento possa ficar inócuo. As doenças de origem alimentar são amplamente reconhecidas pelos efeitos agudos no trato gastrintestinal. Outros sintomas também podem ocorrer e, em alguns casos, a gravidade pode ser tal que os doentes chegam a óbito. Os agentes etiológicos dessas enfermidades também podem causar doenças crônicas, que ocorrem independentemente ou acompanhadas de sintomas agudos. Muitos dos processos crônicos apenas recentemente têm sido associados a patógenos de origem alimentar. Os custos decorrentes dessas doenças são enormes, em termos de tempo, sofrimento das pessoas, gastos com médicos e mortes ocorridas.
As Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), no Brasil, são locais onde se identifica grande parte dos surtos de doenças de origem alimentar, sendo o Bacillus cereus um dos agentes etiológicos implicados. Os dados relativos a intoxicações alimentares atribuídos a esse microrganismo são escassos, porém permitem deduzir sua importância epidemiológica como agente etiológico dessas doenças.
Bacillus cereus é um microrganismo Gram positivo, móvel, aeróbia facultativa formadora de esporos esféricos que associada a sua morfologia torna-se resistentes a altas temperaturas além dessas características, possui outros fatores de virulência importantes como a capacidade de adesão em superfícies, produção de muitas enzimas que deterioram diferentes substâncias orgânicas o que torna possível a sua presença constante no meio ambiente, amplamente distribuído na natureza, sendo o solo seu reservatório natural, por isso é capaz de