Aula 2 cores

Memeco Sardinha Botelho aula 2 - Cor Pigmento

Marilu Queiroz em Stori Aquarelista – Uma Poética da Cor (2003), diz que ainda hoje existem sinais primitivos do homem pré-histórico nas paredes das cavernas, por meio de desenhos e registros feitos com tintas derivadas da terra, que comprovam que esses pigmentos eram duradouros. Da natureza, eles eram retirados e processados artesanalmente e de forma muito simples, pois cada artista possuía a sua maneira de adquirir e preparar seus pigmentos, dificultando assim o registro de suas técnicas.

Esses pigmentos eram misturados na água o que dificultava um pouco a sua aplicação, pois, quando secavam, voltavam a ser pó, não aderindo à superfície em que eram aplicados.

Durante muito tempo o uso de pigmentos estava restrito aos elementos naturais encontrados em cada região, tais como os minerais, restos animais e vegetais. Os primeiros pigmentos provenientes da natureza produziam cores monocromáticas, que mudavam de tonalidade quando misturadas ao preto dos ossos queimados, à cor cinza dos galhos, barro vermelho e amarelo, branco de cal e terra nos tons ocre e verde, além de misturas vegetais.

Foi durante o século XIX que se iniciou a industrialização dos pigmentos e, como conseqüência, a produção em larga escala das tintas. Com esse desenvolvimento, passou-se a produzir pigmentos sintéticos .

Não é possível pintar com a luz , por isso os pigmentos são utilizados como elemento de cor nas pinturas e na natureza. O verde das folhas, o vermelho das rosas, o cinza das pedras – e a maioria das outras cores que vemos – quando não diretamente da fonte de luz - são criados pela subtração e reflexão de comprimentos de onda do espectro por meio dos pigmentos.

A Cor por subtração

Se todas as teclas do piano fossem tocadas ao mesmo tempo, ouviríamos um caos de sons – equivalente à luz branca, que contém comprimentos de onda de todas as cores. Mas somente quando umas poucas notas são tocadas de uma vez é que ouvimos