Auguste comte
João Pedro Ricaldes
A Sociologia começou a se constituir em meados do século XIX, época que assistia ao triunfo dos métodos das ciências naturais e às radicais transformações da vida material do homem, operadas pela Revolução Industrial. Comte e Émile Durkheim são considerados os fundadores do pensamento sociológico
Alguns pensadores procuravam conhecer cientificamente os fatos humanos, segundo as coordenadas das ciências naturais. Outros, ao contrário, argumentavam que, enquanto nas ciências sociais o que se procura conhecer é a própria experiência humana (interna ao homem), as ciências exatas partiriam da observação sensível (externa ao homem), procurando obter regularidades estatísticas que conduzissem à formulação de leis de caráter matemático. Na primeira linha metodológica se colocariam Augusto Comte (17981857) e Émile Durkheim (1858-1917), o fundador da sociologia. Os antipositivistas, por sua vez, foram sobretudo os alemães vinculados ao idealismo dos filósofos da época do Romantismo, principalmente Hegel (1770-1831). A tarefa de constituir uma sociologia antiposisitivista coube a Max Weber. Auguste Comte (1798-1857) nasceu em Montepeillier (França), foi aluno da Escola Politécnica de Paris, onde estudou Ciências Exatas e foi professor. Em 1817 foi secretário de Saint-Simom (socialismo “utópico”), com quem rompeu, preservando algumas influências. Comte considerava três fases da humanidade: - a fase mítico-religiosa: explicações do mundo físico buscada no mito e na fé. - a fase metafísica: explicações que usam argumentos racionais, mas ainda se mantém no nível do sobre-natural e da abstração. - a fase positiva: fase científica em que o conhecimento se baseia nas leis e relações constatadas entre os fenômenos pela observação metódica.
A Filosofia, para Comte, não deveria apresentar um corpo próprio do saber. Deveria apenas organizar e classificar o conhecimento positivo, científico, baseado nos dados e fatos inquestionáveis