Auditoria interna
Introdução
As inovações tecnológicas emergentes e a descoberta de novas doenças produzem uma alteração na relação eficácia/complexidade/custo dos tratamentos médicos. Tratamentos eficazes para doenças complexas suscitam exames, equipamentos e medicamentos de custo elevado, implicando maior ônus para o setor saúde e gerando a necessidade de novos aportes financeiros. Na visão de Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005), duas circunstâncias permeiam o setor de saúde atualmente: (1) os recursos econômicos a ele destinados tornam-se mais escassos com o tempo e a capacidade de atendimento encontra-se abaixo das demandas de doentes (NOVAES, 2007). Além disso, o sistema de saúde vigente no Brasil mostra uma preocupação exacerbada com o tratamento das doenças, convencionalmente mais oneroso, enquanto imprime uma atenção apenas discreta aos fatores desencadeantes, mantenedores ou profiláticos das mesmas, habitualmente relacionados a menores custos operacionais.
Neste cenário caracterizado por sucessivas restrições orçamentárias, o controle de recursos escassos deve aliar-se à sua utilização eficiente, visto que todo cidadão usará o serviço prestado por uma instituição de saúde, durante seu ciclo de vida e para manter sua vitalidade, seja a nível hospitalar ou ambulatorial (NOVAES, GONÇALVES e SIMONETTI, (2006). Para o desempenho de suas atividades, o hospital agrega a unidade de farmácia hospitalar cujos princípios são garantir o uso seguro e racional das medicações prescritas pelo profissional médico e responder à demanda de medicamentos dos pacientes hospitalizados.
Farmácia Hospitalar
A farmácia hospitalar é uma unidade clínica de assistência técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico e integrada, funcional e hierarquicamente, às atividades hospitalares (BRASIL, Resolução n° 300/97, 1997). Segundo Cavallini e Bisson (2002) esta unidade tem como finalidade garantir a qualidade da assistência prestada ao paciente, através do