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Este artigo é uma versão do que foi publicado no Informe Mundial sobre Violência e Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OMS), como introdução ao tema. Apresenta uma descrição geral da problemática e a posição da OMS. Nele, os autores se dedicam a responder algumas questões básicas: o estado do conhecimento sobre o assunto; os conceitos e definições com os quais a OMS trabalha; a natureza e a tipologia sobre violência; as formas de abordagem quantitativa e qualitativa em um modelo ecológico; o lugar e o papel da saúde pública e sua potencialidade com vistas a contribuir para prevenir e diminuir a violência no mundo; as responsabilidades das nações e dos gestores em todos os níveis; os obstáculos para atuação e os desafios para o setor.
Palavras-chave: Violência e saúde, Informe Mundial sobre Violência e Saúde, Causas externas
Introdução
A violência, provavelmente, sempre fez parte da experiência humana. Seu impacto pode ser mundialmente verificado de várias formas. A cada ano mais de um milhão de pessoas perdem a vida, e muitas mais sofrem ferimentos não fatais resultantes de auto-agressões, de agressões interpessoais ou de violência coletiva. Em geral, estima-se que a violência seja uma das principais causas de morte de pessoas entre 15 e 44 anos em todo o mundo.
Embora seja difícil ter estimativas precisas, o custo da violência para o mundo se traduz em bilhões de dólares de despesas anuais com cuidados de saúde, acrescidos de outros bilhões relativos às economias dos países, em termos de dias não trabalhados, imposição e cumprimento da lei e investimentos perdidos.
O custo humano de dor e sofrimento, naturalmente, não pode ser calculado e é, na verdade, quase invisível. Embora a tecnologia tenha tornado certos tipos de violência – terrorismo, guerras, rebeliões e tumultos civis – diariamente visíveis para as audiências televisivas, um número maior de atos violentos ocorre sem ser visto nos lares, locais de trabalho e mesmo em instituições