Atitudes face ao ensino a distância

Maria Odete de Almeida Pereira

Assistente de Psicologia
Universidade Aberta

As Atitudes dos Adultos face ao Estudo no Contexto do Ensino Superior a Distância.

Análise de Algumas Variáveis Pessoais.

INTRODUÇÃO A expressão "educação a distância" é relativamente recente. Procura traduzir formas de ensino e de aprendizagem, em que a relação professor-aluno se demarca daquela que está presente no ensino presencial. Enquanto designação tem vindo a ser utilizada com frequência desde os anos 70, mas o seu reconhecimento formal só ocorreu em 1982, quando o International Council for Correspondance Education (ICCE) - Organização de ensino a distância filiada na UNESCO - alterou o seu nome para International Council for Distance Education (ICDE). A alteração desta designação ilustra a linha de continuidade estabelecida entre o "ensino por correspondência" e a actual designação de "educação a distância". Embora a designação "ensino a distância" seja de uso mais corrente do que a de "educação a distância", parece preferível a utilização desta última já que a primeira não envolve a "aprendizagem a distância". Neste sentido, a designação "educação a distância" seria mais globalizante do que a primeira. De acordo com Ochoa ( referido por Neil, 1983:34) a educação a distância constitui "um sistema baseado no uso selectivo de meios de ensino multimedia, quer tradicionais quer inovadores, que promove processos de ensino e auto-aprendizagem para alcançar objectivos educacionais específicos, com uma cobertura geográfica potencialmente maior que o tradicional sistema educativo de tipo presencial". De entre os diversos pressupostos em que se apoia a educação a distância estão os seguintes (Holmberg, 1986; Kaye e Rumble, 1979; Trindade, 1992): • É possível ser garantida a educação massiva sem a presença dum professor. • Pode ser garantida a educação de grandes grupos populacionais