As políticas públicas de saúde e a mulher

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No Brasil, no primeiro momento de constituição da agenda de reforma das políticas sociais, nos anos 1970, era perceptível as questões de gênero. Em primeiro lugar, através da presença expressiva de mulheres nos movimentos sociais urbanos. Como afirma Souza-Lobo, frequentemente as análises ignoraram que os principais atores dos movimentos populares eram, de fato, atrizes. A história destes movimentos é também a da constituição das mulheres como novo sujeito coletivo, em que estas deixam a esfera privada a que estavam confinadas e passam a atuar no espaço público, levando para a esfera pública temas que recortam o espaço privado, a exemplo da saúde.
No que diz respeito às políticas públicas, as questões colocadas pelos movimentos de mulheres, na passagem dos anos 1970 para 1980, coincidiram com as demandas colocadas pelos movimentos sociais em seu conjunto e dizem respeito à extensão da cidadania social e política, participação e acesso a bens e serviços públicos, entre eles, os de saúde. A discriminação de questões diretamente ligadas às mulheres envolve uma crítica à ação do Estado e à formulação de propostas de novas políticas públicas que tenham como foco a mulher.
No início da década de 1980, a unidade do movimento início da década de 1980, a unidade do movimento de mulheres se desfez, pois, no contexto da abertura política, ser oposição já não era fator de unidade. De um lado, parte dos grupos compostos por mulheres continuou a se articular em torno de questões além da problemática de gênero. De outro, os grupos feministas que enfatizavam a desigualdade de gênero também se dissolveram, organizando-se em torno de temas específicos, como sexualidade, reprodução, saúde, entre outros . Nesse período, o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, implementaram programas voltados aos problemas mais prevalentes e de alta morbidade e mortalidade, com ênfase em ações de tecnologia de baixo custo e fácil acesso para as mulheres.
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