As (in)fidelidades da tradução: servidões e autonomia do tradutor.
O autor desta obra é o professor e teórico Francis Henrik Aubert, graduado em Letras e Ciências Humanas pela Universidade de Oslo (1968) e doutorado em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (1975). Atualmente é professor titular na Universidade de São Paulo, atua principalmente em Tradutologia, Práticas Profissionais da Tradução, Terminologia e Linguística Contrastiva.
O objetivo de Francis Henrik Aubert, em sua obra As (in)fidelidades da tradução: servidões e autonomia do tradutor é responder às questões propostas e evidenciar acontecimentos fortemente presentes no processo tradutório, que fazem com que a obra siga um rumo gradual e de grande interesse àqueles que, de algum modo, fazem parte do universo da tradução. As questões propostas pelo autor são as seguintes:
1. É cabível exigir do tradutor o seu próprio apagamento?
2. Em que medida é aceitável o desvio do texto traduzido em relação ao original?
3. Admitida a diversidade linguística e cultura, sem as quais estaria prejudicada a própria razão de ser da tradução, até que ponto a diversidade constitui, efetivamente, um conjunto de “servidões” impositivas?
Para que se chegue às respostas, são feitas análises detalhadas dos vários fatores (intra e intersubjetivos, temporais, linguísticos e culturais) presentes no processo tradutório. Além, também, das influências possíveis espelhadas sobre o produto, a tradução final.
Aubert inicia o texto nos apresentando uma visão da tradução e do traduzir, que diz ser bastante difundida. Visão esta que posiciona o tradutor como escravo do texto, ou do autor original; Ou seja, o tradutor deve anular seus ideais e se tornar um canal pelo qual a tradução sairá livre de interferências.
A obra é dividida em sete capítulos de desenvolvimento, não contando os capítulos de introdução, conclusão e bibliografia. O primeiro