As duas faces de um crime
A CLT nasceu em meio aos conflitos politicos e legais dos anos 30, sob o governo de Getulio Vargas, vista como a mais avançada legislação social do mundo. Profundamente estruturado e criteriosamente regulado.
Para o político norte americano Karl L., Vargas tanto era a mãe dos ricos como o pai dos pobres. Não era mais a fazenda, mas sim a fábrica que movia o Brasil, onde direcionava um programa de reforma social para os trabalhadores urbanos.
Porem, há o que se observar as leis trabalhistas repressivas e centralizadoras que colocam limites e possibilidades de militância (utópica e sem precedentes) e organização da classe trabalhadora. É notório também o descaso sobre a relevância do papel das disposições legais criadas para proteger o direito dos trabalhadores.
A CLT era vista como um código imaginário, tanto para os burocratas que a redigiram, qto para os trabalhadores que viam na lei um avanço para alcançar seus interesses.
A consciência legal dos trabalhadores brasileiros mostra que é necessária a intervenção do Estado nas relações cotidianas de trabalho, trazendo dignidade e justiça nas questões trabalhistas.
Os trabalhadores lutaram com garra para tornar a lei de um ideal imaginário, numa realidade futurista.
A CLT foi criada como um instrumento de proteção ao trabalhador.
A leitura da CLT nos apresenta um instrumento estabelecedor de direitos e garantias dos trabalhadores urbanos e suas organizações, que se funcionasse na realidade, o nosso país seria o paraíso trabalhista. Mas havia um abismo intransponível entre a aparência e a realidade. Direitos garantidos em lei eram rotineiramente desrespeitados na pratica.
As empresas usavam arbitrariedade, não respeitando as diretrizes que a lei colocava favorecendo os trabalhadores. Os esforços dos sindicatos para garantir os poderes concedidos pela lei se viam frustrados pelos empregadores e pelo governo. Só com o passar do tempo e a luta constante dos trabalhadores foi que a CLT foi