Apostila de criação.

ESPM
3SEM / CRI II
Prof Ruy Sanches

Para escrever propaganda.
"Se as pessoas ao menos soubessem como trabalho duro para ser mestre no que faço, não lhes pareceria tão maravilhoso." Michelangelo Buonarroti

“Escrever propaganda é fácil – você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto, no meio você põe uma idéia”.
Essa frase aí em cima, por exemplo, é uma adaptação minha do que escreveu o poeta Pablo Neruda, ganhador do Nobel de Literatura. Quer dizer que, para um redator, mais importante do que a informação é o conhecimento.
Portanto, antes de escrever qualquer coisa, comece tendo idéias. Pelo menos uma boa idéia. Uma idéia que sirva de base para todo o discurso que você vai fazer para persuadir alguém de que o que você está anunciando é melhor do que o do concorrente. Que vale a pena ao menos experimentar.
A ideia é a base do discurso publicitário. É sobre ela que se assenta todo o resto, em todos os meios. Há poucas coisas mais prazerosas na vida do que encontrar uma idéia que resolva toda uma campanha. É algo como tirar um peso enorme das costas; você se sente leve e confiante. Até que chegue o próximo pedido de criação.
Para ter conhecimento que sustente seus argumentos é preciso ir atrás dele. Imagino que você saiba onde ele está: nos livros, no cinema, no teatro, na TV, nas viagens, nos jornais, no metrô, nas ruas, nas conversas de botequim. Na vida, enfim.
Escutar mais do que falar é o que dizem. Faça o que é melhor para você. E aproveite o máximo, guardando todas as referências que puder: trechos de filmes, de músicas, notícias inusitadas dos jornais, bordões de camelôs, manias da sua avó, “causos” do seu tio do interior, documentários de escoteiros. Com o tempo, é esse conhecimento acumulado que irá fazer com que você tenha condições de caminhar carregando seu próprio peso.
Lembre-se sempre que os ladrões podem roubar seus bens materiais, mas jamais roubarão tudo aquilo que você tiver guardado na sua cabeça. O uso desse