Anônimo do século xx: a construção da pedagogia burocrática.

RESENHA FORMOSINHO, João; ARAÚJO, Joaquim Machado de. Anônimo do século XX: a construção da pedagogia burocrática. In OLIVEIRA-FORMOSINHO, Júlia; KISHIMOTO, Tizuko Morchida; PINAZZA, Mônica Appezzato, Pedagogia (s) da infância: dialogando com o passado, construindo o futuro. Porto Alegre: Artemed, 2007. p. 293-327. Este texto tem por objetivo analisar de forma crítica o capítulo doze situado entre as páginas 293 e 327, o qual aborda a problemática do autor anônimo em relação à construção da pedagogia burocrática. O titulo deste capítulo é: Anônimo do século XX: a construção da pedagogia burocrática, que está subdividido em oito subtítulos: a) O autor anônimo; b) A burocracia como tipo ideal; c) Processos de decisão em um sistema de ação burocrática; A “pedagogia ótima”;d) Retórica de legitimação e mobilização; e) Imagem de criança; Imagem de professor; f) Imagem de escola. Formosinho e Araújo (2007), ressaltam que as escolas se pautam no modelo de estruturação das indústrias decodificando as áreas de conhecimentos, cargos e funções. Acreditam que esta forma hierárquica de se estruturar, é a melhor solução para os problemas burocráticos enfrentados pelas escolas, tornando se cada vez mais complexos os sistemas e os modelos organizacionais das escolas. Esta estrutura baseia se em uma ação intencional, de uma pessoa sobre a outra, ou seja, alguém manda e outro obedece. Em cima disso, os autores fazem uma crítica, pois isso se torna incompatível com a questão educacional, se tornando viável apenas para solucionar os problemas das escolas, que tem como concepção produção de massa. Dentro desse contexto, segundo os autores, está inserido o “autor anônimo”, este indivíduo não identificável, por ter várias faces. Ele “ganha corpo” em uma diversidade de atores, no qual pode ser identificado no político anônimo, o funcionário dirigente anônimo e o funcionário professor anônimo. O autor anônimo se apropria de conhecimentos produzidos pela