Análise vidas secas

447 palavras 2 páginas
“O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, saiu, pela primeira vez em 1890, no Rio de Janeiro. O enredo envolve uma questão problemática na vida dos cariocas, no século XIX: habitação. A promiscuidade, a falta de regras morais, a sedução que amolece caráter, falta de dinheiro, tudo isso acaba por atingir todos acerca do “cortiço”, seja o português Jerônimo, ao chegar da terrinha, seja a ingênua Pombinha, levada à prostituição, tanto por Leònie, como pela própria omissão da mãe. O livro narra inicialmente a saga de João Romão rumo ao enriquecimento. Para acumular capital, ele explora os empregados e se utiliza até de roubos para conseguir atingir seus objetivos. João Romão é o dono do cortiço, da taverna e da pedreira. Sua amante, Bertoleza, o ajuda todos os dias, trabalhando sem descanso. Em oposição a João Romão, surge a figura de Miranda, o comerciante bem sucedido que cria uma disputa com o taverneiro por uma braça de terra que deseja comprar para aumentar seu quintal. Não havendo consenso, há o rompimento provisório de relações entre os dois. Com inveja de Miranda, que possui condição social e financeira mais elevada, João Romão trabalha ardorosamente e passa por privações para enriquecer mais que seu oponente. Um fato, no entanto, muda a perspectiva do dono do cortiço. Quando Miranda recebe o título de barão, João Romão entende que não basta ganhar dinheiro, é necessário também ostentar uma posição social reconhecida, freqüentar ambientes requintados, adquirir roupas finas, ir ao teatro, ler romances, ou seja, participar ativamente da vida burguesa. No cortiço, paralelamente, estão os moradores de menor ambição financeira. Destacam-se Rita Baiana e Capoeira Firmo, Jerônimo e Piedade. Um exemplo de como o romance procura demonstrar a má influência do meio sobre o homem é o caso do português Jerônimo, que tem uma vida exemplar até cair nas graças da mulata Rita Baiana. Opera-se uma transformação no português trabalhador, que muda todos os seus

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