Análise patológica do filme "na natureza selvagem"

Chris McCandless, conhecido por alguns como Alexander Supertramp, jovem aventureiro e protagonista do livro “Na Natureza Selvagem”, abandona a sua vida e seus bens em busca de altos riscos na perigosa floresta do Alasca. Encontrado morto em um ônibus abandonado, o autor Jon Krakauer percorre toda a trajetória de McCandless até o fato ocorrido. Analisado de um modo geral, Chris McCandless é reconhecido como um herói, pelo autor, que com muita coragem se desfez da sociedade e de valores capitalistas para viver como realmente achava certo. Se tornando assim, uma forte influência para outros jovens que decidem viver essa mesma aventura. Na realidade, é difícil a interpretação dos seus comportamentos numa visão psicopatológica, devido que, ao longo do livro, não havia indícios esclarecedores ou marcantes de reações doentias de McCandless. Muito pelo contrário, ele era visto como um jovem do qual usufruía de dons musicais, extremamente

sociável, amado por todos, contador de histórias, e entre outros talentos admirados pelos que o conheceram. No entanto, numa observação minuciosa pode-se perceber em
McCandless alterações nas funções afetivo conativo. O humor de Chris estava polarizado para o lado da euforia. Esse aspecto pode ser observado em comportamentos como: o otimismo sobre a viagem; a onipotência de ir e acreditar no seu poder de fazer tudo, como, por exemplo, ir totalmente despreparado para a floresta, mesmo que, um pouco antes tinha sido advertido do perigo e da pobre equipagem; pensamentos ligados a grandes sucesso, pregando e aconselhando outros a viver como ele; e por último, a superficialidade nos afetos, claramente vistos nos relacionamentos a curto prazo em sua viagem e familiares do protagonista.

Uma outra alteração patológica dessa função presente em McCandless é na conação.
Quantitativamente, Chris tem uma atividade psíquica de direcionamento para a ação em alta hipobulia, com muita vontade de ir atrás do seu sonho, a