Ambiência e competitividade
O Século XX apresentou inúmeras transformações que afetaram os diversos segmentos da sociedade, as organizações e, conseqüentemente, a gestão de pessoas. Podemos analisar essas transformações do ponto de vista da sociedade, da forma como as organizações competem, da perspectiva da cliente – aquele que usufrui os bens e serviços gerados pelas empresas – e, ainda, das transformações dos indivíduos que compõem as organizações e nelas atuam.
A ERA INDUSTRIAL
A partir do século XVIII a industrialização promove a substituição do modelo artesanal pelo modelo industrial de produção, modificando o processo produtivo e provocando mudanças sociais e econômicas que adentraram e se acentuaram no século XX, e que caracterizam a sociedade industrial. Entre essas transformações, destacam-se o predomínio de trabalhadores no setor secundário e a contribuição prestada pela indústria à formação da renda nacional, fomentada, inclusive, pela aplicação das descobertas científicas. A divisão do trabalho caracteriza-se pela sua fragmentação e programação, tendo a produtividade e a eficiência como critérios únicos para a otimização dos recursos e dos fatores de produção. Surge a convicção de que existe one best way, isto é, um único processo ótimo a ser planejado e percorrido destinando-se à fabricação de cada produto industrial, um local exato e tempos precisos de produção. A sincronização do homem não mais ocorre de acordo com os ritmos e os tempos da natureza, mas com os incorporados pelas máquinas. Nas fabricas, os empregadores e os empregados constituem dois segmentos sociais distintos, reconhecíveis e contrapostos, em que os primeiros detêm o capital e os segundos executam o trabalho planejado pelos representantes dos primeiros. Difunde-se a idéia de que o homem, em conflito com a