Aborto na união soviética

345 palavras 2 páginas
Aborto na União Soviética

O primeiro país do mundo a legalizar o aborto foi a União Soviética, em 8 de novembro de 1920. Pela lei soviética, os abortos seriam gratuitos e sem restrições para qualquer mulher que estivesse em seu primeiro trimestre de gravidez.
Aliás, desde 1913, Lenin já vinha defendendo a legalização do aborto. A política de despenalização foi interrompida em 1936 por Josef Stalin, objetivando aumento populacional, para ser retomada em 1955.
Durante o fim dos anos 50 e nos anos 60, acredita-se que a União Soviética tinha uma das taxas de aborto mais altas do mundo. Não é possível saber a taxa específica em si, já que a U.R.S.S. só começou a divulgar as estatísticas de aborto durante a Perestroika. É possível se dizer, baseando-se em pesquisas feitas com profissionais médicos da época, que por volta de 6 a 7 milhões de absorções eram feitas por ano.
Em uma pesquisa conduzida entre 1958 e 1959, os seguintes dados foram obtidos: 26.000 mulheres procuravam o aborto, sendo 20.000 de áreas urbanas e 6.000 de áreas rurais.
Foi possível obter desta pesquisa, também, as seguintes informações: a maior parte era casada; em relação ao número de filhos que as mulheres urbanas já possuíam, 10,2% não tinham filhos, 41,2% tinham uma criança, 32,1% tinham duas crianças e 16,5% tinham três ou mais crianças. Média: 1,47 filhos.
Das mulheres rurais, 6,2% não tinham filhos, 26,9% tinham uma criança, 30% duas crianças e 36,9% três ou mais crianças, sendo a média de 2,06 filhos.
De quatro possíveis razões para o aborto, a mais popular foi “causas não especificadas”, que envolvia, dentre várias situações, um ou os dois pais não dispostos a ter uma criança. Explicações específicas mencionavam, na maior parte, a falta de espaço. A pesquisa também descobriu que a média era muito mais alta com as mulheres que trabalhavam, com uma taxa de 105,5 abortos em 1.000 gravidezes, contra 41,5/1.000 que não

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