1912 O Quebra de Xango O Roteiro

5152 palavras 21 páginas
Revista Crítica Histórica

Ano III, nº 6, dezembro/2012 ISSN 2177-9961

1912, o Quebra de Xangô. O roteiro.
Documentário
Siloé Amorim*

O roteiro

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Roteiro e direção: Siloé Soares de Amorim
Produção executiva: Joabson Santos
Contatos: (82) 99296880/32355745 siloe.amorim@gmail.com nigrum@bol.com.br

Proposta de documentário
Maceió, 1º de fevereiro de 1912
Um dos golpes mais terríveis para a cultura negra em Alagoas foi a devassa de 1912. Naquele ano, precisamente na noite do dia 1º de fevereiro, de acordo com a documentação disponível e os jornais da época, a “Liga dos Republicanos Combatentes”, sociedade de fins político-partidários destinada à agitação popular contra o governo do Estado” – a “oligarquia Malta” –, planejou, dirigiu e executou “o quebra-quebra” da soberania, ou o que hoje se chamaria a “operação xangô”. Essa

*

Docente no curso de Antropologia da Universidade Federal da Paraíba.

Revista Crítica Histórica

Ano III, nº 6, dezembro/2012 ISSN 2177-9961

perseguiu e destruiu a maioria dos terreiros de xangô em Alagoas”. Iniciada naquele começo de século,
“o quebra” se estendeu por toda a capital, nas periferias e por todo o Estado 1.
A opressão sofrida a partir da devassa de 1912 pelos negros em Maceió fez recuar as práticas religiosas2 e culturais (cosmologia, sistemas de curas, inter-relações sociais, de trocas, entre outros tipos de organizações sócio-religiosas, políticas etc.) dos afro-brasileiros em Alagoas para o confinamento, causando, provavelmente, uma ruptura religiosa, impedindo, talvez, o desenvolvimento de uma organização pós-escravocrata – a partir da Lei Áurea/1888 – da população negra e suas comunidades na região.
O episódio provocou não só a desestruturação dos terreiros, que, de acordo com Félix Lima 3, eram mais de cinqüenta em Maceió naquela década, mas, principalmente, interrompeu processos de transformações, integração social e afirmação étnico-cultural e religiosa, bem como os

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