Introducao ao Cristianismo

apostólico. A comunidade cristã primitiva pressupunha vocações pré-pascais dos Apóstolos, isto é, devia ser presidida por aqueles que tinham conhecido e seguido Jesus (os Evangelhos e outros escritos do NT realçam Pedro, Tiago e João). Segundo as antigas tradições do NT (sobretudo, 1-cor 15, Jo e Lc), Jesus Ressuscitado apareceu primeiro a Pedro e depois aos Doze. Esta experiência não era o suficiente para criar uma comunidade, mas, graças à experiência de fé que representava, foi um dos factores fundamentais para a formação da comunidade. A ressurreição era o fenómeno que servia de ponto de partida para congregar uma comunidade. Implicava que existissem homens que tivessem convivido com Jesus e testemunhado a ressurreição, como sinal escatológico. Aqueles que testemunharam as aparições de Jesus seriam os membros principais da comunidade. Por fim, depois da Páscoa, os fenómenos pneumáticos foram muitos e conduziram a Igreja à missão em várias direcções. Marcou de tal modo a comunidade cristã que, algumas décadas depois, era formada maioritariamente por cristãos oriundos da gentilidade. Cristianismo Primitivo: Pode significar comunidade cristã primitiva e Igreja dos tempos Apostólicos (até 70, aproximadamente). Este tempo é conhecido, sobretudo, através do NT, mas também através de outros textos não canónicos: Didaché, carta de Clemente e a carta do pseudo Barnabé. Estes textos contêm dados litúrgicos, exegéticos e canónicos do tempo do Cristianismo…

filantrópica na Inglaterra que resultou na fundação de muitas instituições de caridade e em legislações humanitárias nos inícios do século XIX trabalhadas e apoiadas por membros da Igreja nos foros políticos do país e que provocaram profundas transformações sociais. (CAIRNS, 1984. p.330-331). 2. A DECADÊNCIA DA VISÃO INTEGRAL No meio a este auge de manifestações de avivamento espiritual e missionário contemplando a integralidade do ser humano, surgiram também fatores que…

realizada em Jesus Cristo. Significa também o conteúdo ou objeto desta pregação, o centro ou núcleo da alegre mensagem cristã: o mistério da morte e ressurreição de Jesus, gesto reconhecido e professado como reconciliação do gênero humano com Deus, como redenção da humanidade e, como conseqüência, único caminho para se obter a salvação. A palavra querigma, tem sua raiz etimológica no termo grego clássico kerix) que já se encontra em Homero. Significa o proclamador, arauto,…

pontos fundamentais em torno dos quais esta se erigiu como centro do discurso evangélico. Busca-se, pois, recuperar os loci essenciais da doutrina protestante clássica, magistral, e, com isso, redescobrir seu locus central para a identidade eclesial reformada. Sendo assim, o “esclarecimento” teológico-doutrinário acaba por ter também uma função poimênica: sedimenta a fé pessoal e conscientiza ontologicamente o organismo eclesialcomunitário. Na verdade, é impossível desvincular…

ouvi-lo. Não há nenhum registro de alguém que dormiu ouvindo-o. Todos se admiravam do seu ensino e da sua forma – com autoridade. “O objeto, sempre igual, da pregação é designado de maneiras diversas e descrito mais ou menos explicitamente, Jesus e seus discípulos pregam o Evangelho do reino (Mt 4.23;9,35; Lc 8.1; At 20,25; 28,31), a vinda de Deus para a salvação e o fim do reino do Maligno.” A Palavra de Jesus não é simples ensino, mas proclamação de um fato, a intervenção decisiva…

presente histórico no passado simples (eu vi, tu andaste, ele falou). Em Mc. 4:38, por exemplo, está escrito: “E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro; eles o despertam e lhe dizem: Mestre, não te importa que pereçamos!” Em outras versões esses verbos aparecem no passado simples. Este estilo vigoroso, prático, assemelha-se ao estilo de vida e pensamento romanos, dominado pelo espírito de empreendimento e praticidade de vida. 4.2.2 – De fato, o evangelho de Marcos foca a vida…

eliminação da noção paleocristã ‘Reino de Deus’, eliminação não do termo em si, mas da sua inicial compreensão, como presença ‘neste mundo’ do ‘mundo a vir’. (...) O ocidente racionalizou o mistério, ou seja, privou-o do seu carácter escatológico. Isto deslocou a tensão, essencial na Igreja antiga, entre o ‘agora’ e ‘o que vem’, entre o ‘velho’ e o ‘novo’, para uma estável, ordenada e extratemporal distinção entre ‘natural’ e ‘sobrenatural’, entre ‘natureza’ e ‘graça’, de forma a…

nada). A partir do século I a formação da ética cristã segue um caminho traçado pela fidelidade ao ethos do kérigma primitivo. Fidelidade manifestada exemplarmente na espiritualidade do martírio e no confronto com as tendências heréticas, sobretudo o agnosticismo (se a gnose tivesse penetrado no coração do cristianismo, teria acabado) e o “montanismo”. A renovação da ética grega se dá a partir da assimilação da ética cristã em Alexandria, e encontrará seu ápice em Agostinho (patrística)…

ecumênico suscitado pela Cristologia calcedonense. Há, portanto, um adequado equilíbrio entre as afirmações relativas à unidade e a dualidade em Cristo, de forma que o princípio da unidade é a pessoa, e o princípio da dualidade e da distinção é a natureza174. Este equílibrio foi conseguido com o avanço ocorrido no sínodo de Constantinopla de 448, no qual se tentou superar a sinonímia, como faziam os alexandrinos, entre os termos physis e hipóstase, procurando-se a unidade no nível…

simplesmente como uma “ponte” entre os homens e Deus. Ponte, não vereda, pois o único caminho34 a ser trilhado é Jesus Cristo “... pois em nenhum outro há salvação e nem nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12). Desde a reforma, a teologia evangélica tem isto muito bem resolvido. Porém, deve ser continuamente explicitado, principalmente em nossos discursos teológicos, que a salvação de Deus é manifestada e realizada única,…