ANALISE CRITICA DO SONETO DE RAIMUNDO CORREIA MAL SECRETO SOBRE A OTICA DA MASCARA DA SOCIEDDE

Mal secreto é um poema de Raimundo correia, composto por rimas do tipo ABAB nas duas primeiras estrofes e CCD nas duas ultimas estrofes. Enquanto à forma utilizada pelo poeta é a de soneto. Em relação à métrica Raimundo correia opta por versos decassílabos , característicos de poetas parnasianos. Utiliza também recursos sonoros e visuais, ritmo sonoro especialmente nas palavras tônicas, que faz das rimas ter tom consistente e forte. Através desses recursos transmite sua oposição semântica principal dentro do poema, entre o intimo humano e sua aparência, com mascaras que escondem realidades. Raimundo correia poeta parnasiano. O parnasianismo foi um movimento literário que surgiu como reação contra o Romantismo, que tinha adeptos como também tinha adeptos do Romantismo e Realismo. Era considerado então um retorno ao clássico, sendo que os poetas parnasianos eram contra certos princípios românticos diferentemente da linguagem empregada simples, do sentimentalismo e a importância que tinha a paisagem nacional, procurava um elevado nível vocabular, uma poesia prática e racional dando importância maior aspectos formais, versos bem ritmados, e feitos sonoros e visuais, contexto universal. Distingue também do Romantismo e do Realismo por que voltam para a analise e para o debate a realidade, o parnasianismo trata então não só da busca ao equilíbrio da perfeição formal, o principio do belo na arte, “arte pela arte”, sendo que o principal e tratar dos problemas sociais e humanos

MAL SECRETO Se a cólera que espuma, a dor que mora N’alma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; Se se pudesse o espírito que chora Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez existe, Cuja a ventura…

2 Mal Secreto Se a cólera que espuma, a dor que mora N’alma e destroi cada ilusão que nasce, Tudo que punge, tudo o que devora O coração, no rosto se estampasse; Se se pudesse, o espírito que chora Ver através da máscara da face, Quanta gente, talvez, que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse! Quanta gente que ri, talvez, consigo. Guarda um atroz, recôndito inimigo, Como invisível chaga cancerosa! Quanta gente que ri, talvez, existe, Cuja ventura única…

No Brasil, três grandes autores destacam-se: Olavo Bilac (“o príncipe dos poetas”), Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Principais autores e obras Olavo Bilac Olavo Brás Marins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro em 1865 e faleceu em 1918. Cursou Direito e Medicina, entretanto, não concluiu nenhum dos cursos. É considerado o “príncipe dos poetas” e era bastante exigente com sua poesia, cumprindo a rigor o formalismo parnasiano que o levava a obter efeitos e ritmos…

Assis” e a “Nebulosa”, de Joaquim Manuel de Macedo. Esta polêmica ficou conhecida como A BATALHA DO PARNASMO, assim chamada por travar-se em versos. De parnasianismo, no entanto nada tinha o ideal que os impulsionava: poesia participante que pregasse a justiça, a república fraternal e exaltasse o progresso, realizada, aliás, antes deles com talento e de maneira convincente por um romântico chamado Castro Alves. A IDÉIA NOVA dilui-se também numa certa poesia científica que encontra…

pelo ideal perdido! Pelo mal que fizeste sem querer! Pelo amor que morreu sem ter nascido! Pelas horas vividas sem prazer! Pela tristeza do que eu tenho sido! Pelo esplendor do que eu deixei de ser!... Olavo Bilac ALBERTO DE OLIVEIRA (1857 – 1937) Um dos mais típicos poetas parnasianos. Suas poesias se caracterizam por um grande preciosismo vocabular. Possui características românticas, porém é mais contido e não tão sentimental como os românticos. Obras: “Canções…

marco inicial no Brasil com a publicação de “Fanfarras” de Teófilo Dias, em 1882. Contudo, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia também auxiliaram a implantação do Parnasianismo no Brasil. MOMENTO HISTÓTICO: O Parnasianismo é resultado da ambiguidade do momento histórico que marcou a passagem do século XIX para o século XX. Nesse período as grandes potências brigavam para conquistar os mercados consumidores e aqueles que forneciam matéria-prima e foi nessa época que…

agora: “Tresloucado amigo! Que conversas com elas? Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?”. E eu vos direi: “Amai para entendê-las! Pois só quem ama pode ter ouvido Capaz de ouvir e de entender estrelas.”. Olavo Bilac. _ -_ - _ - _ - _ - _ - _ -_ - _ - _ - _ - _ - _ -_ - _ - _ - _ - _ - _ -_ - _ - _ - _ - _ - _ -_ - _ - Mal Secreto Se a cólera que espuma, a dor que mora N’alma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que…

parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho. É uma linguagem culta , POÉTICA, formalíssima , refinada , cheia de metáforas. O estilo…

país. Os poetas brasileiros tomaram como fonte de inspiração os portugueses do século XVIII, destacando-se, sobretudo, o trabalho de Bocage. Voltaram-se, também, para Basílio da Gama, Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, cultuando a correção da linguagem, a originalidade e imortalidade, buscando objetividade diante do objeto. O soneto ressurgiu com uma rima rica, cantando a vida e sobressaindo a alegria, sensualidade, o conhecimento do mal, mas mantendo a imaginação dominada…