O silêncio dos vencidos, Edgar de Decca e Repensando o estado novo, Dulce Pandolfi.

Disciplina: História Econômica, Social e Política do Brasil Professor: Dr. Ricardo Oliveira da Silva Aluno: Rafaela Andrade Oliveira Textos de referência: 1930: O silêncio dos vencidos, Edgar de Decca e Repensando o estado novo, Dulce Pandolfi. Foi a Revolução de 30 um movimento armado que culmina em um golpe de estado, colocando a figura de Getúlio Vargas na posse do governo em 1930, podemos datar neste contexto o fim da república velha. No texto 1930: O silêncio dos vencidos, de Edgar de Decca, resgata-se a revolução e a memória dos vencidos, do proletariado brasileiro. Refere-se o autor ao discurso de 30, como um dispositivo ideológico para ocultar a luta de classes não só durante como também após esse momento histórico, graças ao discurso, a prática e a memória do vencedor, são elevados a condição de memória histórica. Ressalta ele a função do intelectual de desmontar discursos como esses, buscando na luta de classes, lugar verdadeiro onde a história se reproduz, tendo ai à explicação dos fatos. Segundo DE DECCA (2004), os discursos, observados dentro da conjuntura em que foram produzidos, deixam transparecer a intenção de ocultar a luta de classes naquela conjuntura. Com esse objetivo os vencedores ao apresentar-se a nação como sujeitos históricos tornam possível dissimular a figura dos que foram vencidos. A construção da revolução de 30 é feita em torno de uma temática comum para todos os sujeitos políticos, envolvendo questões como…

para a sua abordagem, sobretudo porque é um período de redemocratização no país, com as lutas sociais, tanto no campo como na cidade, se evoluindo cada vez mais, como: as lutas sindicais no ABC paulista; a fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores); a fundação do MST (Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra), as lutas pelas eleições diretas, etc. As criticas as abordagens tradicionalistas vão se multiplicando, enquanto que, novas descobertas sobre o período avaliado vão…

observar os motivos dados por cada um. Para os monarquistas, a República foi um acidente infeliz; acreditavam que os republicanos não tinham tanto poder assim (já que eram minoria) e que a causa seria por um descontentamento e indisciplina por parte dos militares. Para os republicanos, a República seria um evento natural perante os abusos do poder pessoal (do imperador), das regalias que muitos políticos tinham e até o questionamento das fraudes eleitorais; e diziam que os militares…

última instância, inclui a primeira, visto que ‘interesse da classe dominante’ em última análise, só pode ser a manutenção da ordem estabelecida –vale dizer, reprodução da formação social. Minha própria interpretação acrescenta ainda a correspondência entre os estágios de desenvolvimento e formas ideológicas, decorrente da necessidade da parte expressa do discurso dessas últimas guardar relação com as mutantes condições concretas da sociedade através dos estágios de desenvolvimento. [3]…

estiveram igual ou maior participação na dita Revolução, mas a Paraíba mostra que é com a Revolução que ela se tornou viva. Isso leva a crer que por tal motivo há um interesse tão grande em se estudar a temática, deixando os outros fatos da própria historiografia a revelia do tempo. Dando a impressão que não são necessário estudalos. Lendo um artigo sobre o historiador, Edgar De Decca - Conversar com historiadores brasileiros -, que é um apaixonado pelo o Movimento de 1930 e…

maior visibilidade nesse campo. Um outro autor vai contrapor a existência de uma luta de classes nesse periodo, ainda mais pelo fato do grupo vencedor reescrever a história posterior e anterior à Revolução. Segundo Edgar Salvadori de Decca, o discurso sobre a Revolução de 1930, é um discurso do poder. Portanto, há a necessidade de se construir um contra discurso que assuma a ótica e a dimensão do proletariado. Esse discurso do poder, que periodiza a Revolução como um divisor de águas…

assassinado no Recife, por questões pessoais. A Aliança Liberal se une aos militares e inicia uma revolução. A revolta explode no Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais. Mas logo se alastra pelo país. O Presidente Washington Luis é deposto. O candidato eleito Júlio Prestes se refugia na Embaixada Inglesa. Em novembro de 1930, Getúlio Vargas toma posse como chefe do governo provisório. A Revolução de 30 abre a participação política a setores da sociedade como a classe média, a…

ao se deparar com as fontes primárias, no caso os processos criminais, se atentando a modernidade tardia, onde se tem como intuito entender as lutas e as contradições sociais do cotidiano. O autor usando dos processos criminais, pretende compreender o cotidiano dos trabalhadores que viviam na cidade, na capital do Brasil que na época era Rio de Janeiro no período da velha república. Além disso, o autor ainda busca as relações cotidianas dos trabalhadores fora do espaço do movimento…

excessivamente para a exportação”. CABRAL, João B. P. IN: Gadelha, Marcondes (Org.) Anais da semana Comemorativa da Revolução de 30. Leia a seguir o Texto 2 abaixo: “(...) talvez agora seja possível avaliar a força da idéia de revolução de 30 – constituída no interior da luta de classes – como marco divisor da história do Brasil, pelo qual os vencedores julgaram todo o passado, definindo desde o princípio, inclusive, o inimigo que essa revolução abateu: o fantasma da oligarquia.…

exportação , se torna cada vez mais precário.” fonte: FAUSTO, Boris. A revolução de 1930: Historiografia e história. 11 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987 p. 112 “Como discurso do exercício de poder, revolução de trinta oculta o percurso das classes sociais em conflito, não apenas anulando a existência de determinados agentes, mas, principalmente, definindo enfaticamente o lugar de todos os agentes sociais. [ Nessa Operação ] sobrevelam-se apenas alguns agentes sociais ao passo que…