O Centro do Rio de Janeiro - O Berço do Rio.

rapidez e eficiência, deixando pouco para trás. Bens culturais inestimáveis foram destruídos sem ao menos terem sido documentados e, podese dizer, foi o Morro do Castelo um dos pontos menos fotografados do Rio antigo. Salvo algumas imagens de Malta e Marc Ferrez, e fora uma ou outra gravura antiga, poucas fotos restaram. É com grata surpresa que em época recente apareceram no mercado as vinte e uma fotos anônimas, em boa hora adquiridas pelo amigo Sérgio Fridman, um grande apaixonado pela história carioca e seu profundo conhecedor. Nosso fotógrafo anônimo devia ser um técnico apaixonado, pois, percebe-se, as fotos foram feitas pouco antes da destruição dos monumentos e ele teve a preocupação de fazer um levantamento circunstanciado, já que as imagens relacionam-se umas com as outras, mapeando todo o morro. Não deixa igualmente de ser uma ironia o fato de que em 1922 iniciaríamos a recuperação de valores históricos brasileiros com a fundação do Museu Histórico Nacional, instalado desde então na velha casa do trem, nas faldas do Morro do Castelo. Posteriormente, em 1937, tal proteção aos bens culturais tornar-se-ia mais efetiva com a criação do SPHAN, Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, hoje IPHAN, e que funcionou até hoje no prédio do Palácio Gustavo Capanema, erguido nos anos quarenta onde foi o centro do Morro do Castelo. Foi, portanto, o arrasamento o fim de uma era em que não eram valorizadas nossas origens e princípio de outra, a…