O REALISMO EM: O CURIOSO IMPERTINENTE.

O REALISMO EM: O CURIOSO IMPERTINENTE
O fator principal era a crítica, adotando uma objetividade que faltou ao romantismo. Grandes escritores realistas descrevem o que está errado de forma natural, ou por meio de estórias . Se um autor desejasse criticar a postura de alguma entidade, não escreveria um soneto para tanto, porém escreveria histórias que envolvessem-na de forma a inserir nessas histórias o que eles julgam ser a entidade e como as pessoas reagem a ela. Nas obras realistas, foi atribuída a mulher a culpa pelo fracasso do casamento, através da imagem do adultério. Após algum tempo de infelicidade, a mulher encontrava nos braços de outro a realização do amor em todas as suas formas. Comum a muitas obras, há sempre fatores culturais verdadeiros, como um marido muito bem casado que, por algum motivo, começa a duvidar da fidelidade da esposa e decide pô-la à prova. Surge um terceiro elemento às vezes o próprio marido disfarçado que será o instrumento desta prova. E o resultado desta situação é sempre desastroso para o marido, terminando na desonra e, muitas vezes, na morte. Esses são alguns dos aspectos realistas encontrados em “O curioso”. Diferentemente do que aconteceu em Dom casmurro em que o autor consciente das várias possibilidades literárias oferecidas por um único tema à pergunta evidente: o que aconteceria se um dos amigos cedesse a uma das tentações surgidas durante a estória e abalasse a lealdade ditada pela tradição? Essa pergunta é respondida em o impertinente que leva o tema às últimas conseqüências ao concretizar a deslealdade de um dos amigos para com o outro. E, ao mesmo tempo, o destrói, já que a base das histórias de dois amigos é exatamente a lealdade que a tudo resiste. O Curioso Impertinente determina o fim do tema dos dois amigos, ou pelo menos de qualquer inovação sofrida por ele. Ao mesmo tempo, enquadra-se também em um novo gênero, o da amizade traída.
E o impertinente ajusta-se perfeitamente a essa pergunta, com todos os