O computador na educação

O Computador na Educação

Isaura Nobre

Vitória-ES, 2000

1. Introdução

Nos dias de hoje, muito se fala sobre a utilização do computador nas escolas. Sabe-se que na grande maioria a sua utilização se deu como a introdução de mais um artefato. Diante das teorias pedagógicas, considerando a abordagem tradicional, onde o indivíduo é visto como um agente passivo do processo de ensino-aprendizagem, a utilização do computador como apenas mais um artefato seria uma forma natural da introdução do mesmo no ambiente escolar, sem levar em consideração suas possibilidades cognitivas.

Porém na abordagem construtivista, observamos que o computador devido a sua interatividade pode ir além de um recurso didático poderoso, pode este sim, ser considerado um instrumento para o ensino de disciplinas, fazendo com que seus alunos sejam capazes de construir seu conhecimento a partir de uma tarefa exposta pelo computador, ou simulada através deste. O aluno se torna então sujeito ativo dentro do processo de ensino-aprendizagem. O professor se torna um mediador deste processo, visando conduzir e motivar o aluno dentro das questões relevantes a serem abordadas quanto ao ensino em questão. Vemos o computador como uma ferramenta cognitiva, através do qual o aluno é capaz de adquirir e validar conhecimentos.

Dentre os diferentes usos do computador na educação temos a utilização: de ambientes de autoria, onde o aluno é capaz de produzir desde jogos até páginas para Internet utilizando hiperlinks; de programas de simulação através dos quais os alunos podem através da experimentação validar suas soluções, de forma rápida, econômica e segura; da linguagem LOGO como uma forma de trabalhar a capacidade de abstração e de raciocínio lógico, de formalizar conceitos, a partir da construção de conhecimentos necessários para a execução de uma determinada tarefa, como o desenho de um quadrado na tela do computador; da Internet e seus serviços como