O cativeiro da terra

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Notoriamente verifica-se em trabalhos de historiadores como o de Caio Prado Junior e o de Florestan Fernandes a afirmação que a servidão foi substituída pelo trabalho assalariado, na qual estavam exclusos de certa forma da economia e da ordem social o negro e o mulato, ambos não participavam do sistema capitalista de relações de produção no campo a qual possuía natureza expressa na compra da força de trabalho, apropriação do excedente sob a forma de mais-valia, embora o salário resultasse de fontes monetárias e não monetárias.
Entre as formas de organização do trabalho está o regime de colonato o qual substituía o trabalhador escravo pelo trabalhador livre, este último relacionado aos imigrantes europeus, pois já existiam pessoas livres compostas de caboclos, índios e negros libertados do regime de escravidão, desta forma, o regime da força de trabalho escravista se esborrou visto que a sua liberdade era essencialmente fundamentada na escravidão de outros.
Contudo passa-se a ter uma nova relação entre o trabalhador e o fazendeiro a qual se diferenciava da escravidão no sentido de o trabalhador livre se separar da sua força de trabalho e se sujeitar a condição do proprietário da terra, e se iguala ao regime escravista no sentido de preservar a economia colonial definida pela subordinação da produção ao comércio.
Porém a economia colonial não era caracterizada apenas pela circulação da mercadoria produzida, o trabalhador escravo antes de ser força de trabalhador era considerado mercadoria, como objeto de comercio. Sendo assim, em primeiro momento, a transformação nas relações de produção baseiam-se no abastecimento da força de trabalho que a fazenda de café necessitava.
Antes (no regime escravista) a jornada de trabalho e o esforço a ser realizado eram estabelecidos pelo proprietário das terras, o qual o trabalhado escravo representava um equivalente de capital, como renda capitalizada. O fazendeiro investia uma parte do capital pagando ao traficante para que

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