A Imigração no contexto sócio-econômico de Angola

Introdução
No princípio do século XXI, estima-se que 200 milhões de pessoas, o equivalente a 3% da população mundial, vivem mais de um ano fora dos seus países de origem. E contrariamente à percepção generalizada nos países industrializados, só cerca de 40% dos imigrantes se movimentam no sentido sul-norte, ou seja, dos países em desenvolvimento para os países desenvolvidos. Os restantes migram no sentido sul-sul.
Os movimentos de entrada em Angola, com ânimo permanente ou temporário tem vindo a aumentar com intenção de trabalhos ou residência, de pessoas oriundos principalmente de países vizinhos.
No mundo actual, os movimentos migratórios internacionais têm um enorme dinamismo e cruzam várias direcções, as deslocações das populações têm origens diversas e são afectadas por questões económicas, políticas ou naturais que mudam no tempo, mas que na maioria dos casos têm motivações de procura de melhores condições de vida e, em particular, de trabalho. Com o fim da guerra civil Angola é hoje um crescente polo de atracção para imigrantes vindos de todo o continente, mas principalmente dos países vizinhos. Inicialmente e mesmo durante a guerra os campos de diamantes foram o polo de atracção mas hoje as grandes cidades e polos de crescimento económico atraiem grandes números de imigrantes ilegais sendo um problema que se alastra pràticamente a todas as áreas do país, que já vai se firmando como uma ameaça à paz social, à segurança e à economia do país.
Este paradoxo da globalização também acaba por se encontrar relacionado com novas formas de organização política adoptadas pelos Estados. Sem prejuízo do facto de este fenómeno exigir uma sincronização eficiente de sectores e de pessoas, que não se coaduna com políticas excessivamente restritivas quanto à imigração, a verdade é que com a globalização tudo parece vulnerável, não só economicamente, como de forma social, cultural e politicamente.
Especificamente em Angola as autoridades densenvolvem campanhas regulares