A Condição Humana - Comentário

Hannah Arendt tem uma história de vida muito emocionante e, certamente é referência sempre que se fala em Direitos Humanos, e até mesmo na luta por eles.
A autora tem uma frase muito marcante, e que muito nos diz sobre as manifestações do povo Brasileiro neste ano, Hannah diz: “Quem habita este planeta não é o Homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra.”
É evidente para todos, e principalmente para nós futuros operadores do Direito que, fizemos a história do Brasil e continuaremos a fazê-la, que não houve em julho uma base sólida para as manifestações, e que isso certamente enfraqueceu o movimento, pois o agir em concerto não se deu da forma mais correta, quando, ao eclodir o movimento sobre passes de ônibus, várias outras reivindicações também aderiram aos protestos e então o movimento foi tomando uma proporção enorme, mas sem uma especificidade, o que acabou fazendo com que os governantes não se intimidassem suficientemente, ironizando até mesmo ao afirmar que “Não entenderam o recado das ruas”.
O recado era, e continua sendo só um: O Brasil está fadigado, exausto, não aguenta mais! Esse é o recado que todas as correntes de protesto foram dizer às ruas, aos governantes e ao Mundo. Esse é o recado da coletividade que, mesmo com diferentes causas, permaneceu em existência durante essas manifestações, conservando-se unidos.
Mas Hannah, com todo o seu conhecimento e civilismo também ensinou através de suas brilhantes obras que: “O mais radical revolucionário tornar-se-á um conservador no dia seguinte à revolução.” E infelizmente é o que vemos hoje, após toda a onda de protestos, parece que a poeira abaixou, e o governo que era tão indesejado àquele momento, ganha novamente força, começa a subir nas pesquisas outra vez... E a população Brasileira, que estava cansada, que mostrou que unida é capaz de assustá-los, volta ao status quo ante, conformado e inerte, e vemos um Gigante que teve seu momento acordado, e que volta agora a dormir... Vemos o