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Desigualdade social no Rio Grande do Norte
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou essa semana o resultado da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). O estudo mostra o perfil das despesas no Brasil e mostra o grau de desigualdade entre os 10% mais ricos do país e os 40% mais pobres. Na pesquisa o Rio Grande do Norte aparece em terceiro lugar na lista dos Estados com maior desigualdade social do Brasil, perdendo apenas para Alagoas e Ceará. De acordo com a pesquisa, os potiguares mais ricos gastam 12,2 vezes a mais que a porcentagem mais pobre do Estado. O IBGE acredita que a causa para esse índice está diretamente relacionada à qualidade da educação e ao crescimento econômico.
A POF mostra que o Nordeste é a região com maior desigualdade social do país, concentrando Estados com altas taxas de disparidade entre riscos e pobres. A pesquisa levou em conta as despesas monetárias (gastos com dinheiro) e as não-monetárias (gastos através de imóveis, trocas) e analisou a renda mensal e a per capta das famílias brasileiras. No RN os ricos gastam em média 12 vezes a mais que os pobres, o que está acima da média nacional, de 10 vezes. Os potiguares estão atrás apenas dos alagoanos, que gastam 15,6 vezes a mais e dos cearenses, com 14,1 vezes.

De acordo com os resultados da pesquisa a renda mensal dos 40% mais pobres do RN, é de R$510,11, enquanto o total dos 10% mais ricos é de R$6.469,53. Quando a renda é calculada individualmente (per capta), os potiguares mais pobres recebem por mês R$137,67 e os mais ricos, R$1.683,65. A pesquisa atribui as causas desses índices à má distribuição de renda, baixo crescimento econômico, incremento do mercado de trabalho informal e principalmente, ao perfil educacional das famílias.

De acordo com o analista do IBGE no RN, Ivanilton Passos, a má qualidade da educação do Estado é a principal responsável pela colocação do Rio Grande do Norte na listagem nacional. “Basta olhar para os índices da educação e é