trabalho pneumoconiose
Pneumoconiose
As pneumoconioses representam um grupo de doenças causadas pela inalação e acúmulo de poeira nos pulmões, que acarretam uma reação granulomatosa pulmonar. O processo fisiopatológico inicia-se quando a poeira inalada atinge o parênquima pulmonar, atraindo células fagocitárias e de defesa para o local, ocasionando a liberação de substâncias quimiotáxicas e também fibrogênicas, dando início à lesão silicótica, constituída por camadas de tecido hialino, que tem de permeio quantidade razoável de poeira1.
Cada pneumoconiose recebe um nome particular, de acordo com a poeira inalada, representada por talcos, sílicas, asbesto, ferro, estanho e tantas outras poeiras minerais. Sendo assim, a doença causada por sílica chama-se silicose, asbesto – asbestose, ferro - siderose, estanho - estanhose, talco – talcose, e cada uma delas recebe um código na Classificação Internacional de Doenças (CID).
No Brasil, em função da multiplicidade de atividades extrativistas e industriais, existe um número elevado de trabalhadores expostos às poeiras minerais capazes de produzir essas doenças, constituindo um problema de saúde pública.
A principal pneumoconiose no país, do ponto de vista epidemiológico e de Saúde Pública, é a silicose, causada pela exposição à poeira de sílica livre ou dióxido de silício (SIO2) em sua forma cristalina2.
A asbestose é outra pneumoconiose caracterizada por produzir agravos importantes. Tem origem mineral, é incombustível, resistente à geração de calor e fricção, à corrosão e à maior parte dos ácidos e outras propriedades que garantem sua utilização em mais de três mil (3.000) produtos3.
No país, por suas características e pelas imensas reservas naturais, o amianto tem sido usado em larga escala há muitas décadas. Estima-se que o número de pessoas direta e ocupacionalmente expostas seja de quinhentas mil (500.000), das quais cerca de duzentas mil (200.000) são trabalhadores da indústria de extração e transformação –