trabalho digitado

Capítulo III - As abordagens da Geografia cultural, de Paul Claval
CASTRO, Iná Elias de ET all. Explorações Geográficas. Bertrand Brasil, 2006.

A Geografia cultural tem como objetivo estudar a relação do espaço e do meio na vida dos homens. Ela se preocupa de como o homem se adapta ao meio, criando sua identidade e construindo relações. Eric Dardel foi o primeiro a lutar pela ideia de humanizar a geografia cultural. A Geografia cultural demorou muito para se desenvolver, porém isso não aconteceu pela falta de domínio dos pesquisadores, mas sim porque seus conhecimentos eram parciais. Vidal de La Blache é o primeiro a abordar que o gênero de vida tem uma dimensão cultural, visto que o homem faz de tudo para modificar o meio em que vive e ao invés de se se adaptar a ele. Um exemplo disso são os imigrantes. Pierre Gourou abordou a força determinante das culturas em seus estudos. Os geógrafos franceses também estudam outros fatores da civilização: traços culturais, distribuição e a marca que deixam na paisagem. Jean Brunhes fez essa análise e Pierre Deffontaines a desenvolveu. Essa cultura é abordada apenas exteriormente, sem questionamentos das representações e dos valores que levam as pessoas a agirem e organizarem a espaço de certa maneira e não de outra cultura. Alguns exemplos de estudos de Pierre Deffontaines são a Geografia religiosa como: as marcas na paisagem (igrejas, mesquitas, cruz,etc), obstáculos a certos gêneros de vida que nascem ( monges, padres). Caul Sauer (EVA) também faz uma abordagem exterior, pois estuda as transformações que a cultura impõe aos meios naturais. A Geografia alemã também se interessa pela paisagem no âmbito cultural. Ela observa às vezes, a relação da transformação do espaço com a alma do povo que modelou. A Geografia cultural moderna tem como centro de suas análises o homem, por isso foi necessário desenvolver novas abordagens que envolvam três eixos importantes que se completam. São elas: ela