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Primeiras Impressões: Dupla Identidade
Um escorpião cujos alvos são bem mais complexos que um simples sapo.
Embora a vida dos serial killers seja um assunto corriqueiro para as séries americanas, com inclusive produções cuja história central gira em torno disto – Dexter, Hannibal e Bates Motel, só para citar alguns exemplos – este assunto nunca havia sido tratado na teledramaturgia brasileira com tanto afinco. Tudo bem que muitas novelas já trouxeram assassinatos e, consequentemente, extrema crueldade de seus vilões, mas focar no processo de formação das mentes mais insanas da humanidade é algo totalmente novo por aqui. Então, meus caros, chegou a hora de dar boas-vindas aos serial killers no contexto das produções nacionais.
Primeiramente, é preciso destacar o trabalho da autora Glória Perez na construção e no desenvolvimento de Dupla Identidade. Apesar de sua última novela ter se tornado ligeiramente repetitiva com o passar dos capítulos, ela já se mostrou como uma imensa conhecedora de assuntos relacionados à mente humana e, principalmente, no que se refere aos psicopatas. Glória escreveu o prefácio da obra Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado de Ana Beatriz Barbosa Silva e, além disso, criou um blog para divulgar toda a sua pesquisa destinada ao seriado. Diante disto, pode-se observar que tanto o fato de ser uma das primeiras produções do gênero no Brasil quanto o extenso domínio do assunto por parte da autora são motivos notáveis para gerar expectativas.
Mas o que torna Dupla Identidade algo tão diferente? Edu (Bruno Gagliasso) é estudante de psicologia, assessor de um senador candidato à reeleição, aconselhador de pessoas que desejam cometer suicídio e ainda almeja seguir carreira política. Embora ele tenha esta vida, digamos, impecável, ele esconde um lado sombrio desconhecido para todos, incluindo para Ray (Débora Falabella), mãe sozinha que irá ter um envolvimento com ele. À medida que os crimes vêm à tona, Dias (Marcello Novaes), um policial