Resumo Orientalismo

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Uma visão sobre o Orientalismo Muito mais que apenas o campo de estudos sobre o oriente, o Orientalismo tornou-se um estilo de pensamento que se baseia na distinção da ontológica de Oriente e Ocidente. Assim, temos o Orientalismo, desde o final do século XVIII visto academicamente, como um campo de autoridade para lidar com o que seria, na visão ocidental, o Oriente descrevendo-o, ensinando-o, colonizando-o e governando-o, em suma, um método de domínio, proposto através de um discurso do Ocidente sobre o Oriente. Desta forma, podemos entendê-lo como uma estratégia inicialmente europeia, de manipulação e construção de uma série de ideias influenciadas por esse discurso, fazendo com que o Oriente torne-se um tema engessado com pouca liberdade de pensamento e de ação (Edward W. Said, 2003, p 28-30).
Porém, a definição e descrição desse outro, o oriental e sua sociedade inferior, estão inseridos numa lógica muito mais complexa, a verdade é que foi necessária a elaboração de um discurso de alteridade para diferenciar aqueles produtores do discurso, “nós” os dominantes, daqueles sobre os quais se discursava, “eles”.
Assim, essa divisão “leste – oeste”, “Oriente – Ocidente” é produto de um esforço humano para a criação de certa identificação (Ibid, p.13). O Oriente, tratado desde a Antiguidade como um lugar de exotismos, paisagens encantadas e lembranças extraordinárias, foi usado como uma das maiores fontes inspiração para a definição de Outro, ajudando assim a atribuir ao Ocidente uma imagem e personalidade própria devido a essa experiência de contraste (Ibid, p.28).
Desta forma, os orientais passam a constituir uma gente que não é como “nós” e não aprecia “nossos” valores, formando assim o dogma central dos orientalistas (Ibid, p.16), que colocam-se em posição de superioridade frente aqueles Outros, não só a fim de legitimar seu discurso sobre eles, mas de retirar-lhes a capacidade de agência e de definição da própria história e futuro.
A

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