Resumo: As bases ontológicas do pensamento do homem - Lukáks

LUKÁCS, Georg. As bases ontológicas do pensamento e da atividade do homem. São Paulo: Editora Ciências Humanas, 1978.
1Flávio dos Santos
Na obra As bases Ontológicas do Pensamento e da Atividade do Homem, Georg Lukács realiza um estudo sobre as bases essenciais do pensamento e da atividade do homem. Para tal, Luckács realiza uma reflexão sobre a essência do pensamento e das atividades do homem a partir do trabalho e da sua teleologia.
De inicio, Luckács diferencia o homem dos animais. O autor enfatiza que, a forma de trabalho do homem difere da forma de trabalho dos animais. Para facilitar a compreensão de tal fato, Luckács cita o exemplo das abelhas: segundo ele, a abelha, e os outros animais, agem por instintos, não com a consciência: a abelha age por natureza. Em seguida, Luckács destaca aquilo que, segundo ele, diferencia o trabalho dos animais do trabalho dos homens: a consciência. Neste sentido, chegamos a um ponto importante para a compreensão da essência do pensamento e da atividade do homem.
Segundo Luckács, enquanto os animais agem por instinto, o homem age com consciência, com finalidade, e é isso o que diferencia, segundo ele, o homem dos animais: o homem fixa na mente aquilo que deseja executar, cria mecanismos, e realiza a atividade desejada. Dessa forma, o homem age com teleologia, ou seja, com finalidade: o homem idealiza o objetivo e age com finalidade. Para melhor compreensão, podemos citar como exemplo um lenhador: suponhamos que um lenhador precise de lenha para acender sua fogueira e se proteger do frio, e na frente de sua casa tenha uma vasta floresta, logo ele pensa e idealiza: com o meu machado, vou derrubar uma árvore e, assim, obterei lenha para me manter aquecido. Ou seja, ele determinou o objetivo e agiu com teleologia. Dessa forma, o que os animais fazem na natureza é algo natural, enquanto que as ações humanas na natureza são ações artificiais.
Luckács também destaca que, o que leva o homem a agir com teleologia e modificar e