a vida cotidiana

24733 palavras 99 páginas
José Machado Pais

Análise Social, vol. XXII (90), 1986-1.°, 7-57

Paradigmas sociológicos na análise da vida quotidiana *

I. SOCIOLOGIA DA VIDA QUOTIDIANA:
UMA INTRODUÇÃO
Kepler es el primero que no impone a los datos métricos de las posiciones estelares la ideia preconcebida de una forma
- el círculo - que razones puramente subjectivas de los pensadores habían aventajado en la atención. Comprendió que la misión de la astronomia es, precisamente, partir de los datos para buscar Ia forma que la realidad tenga en gana poseer. Algo parecido hace Voltaire: es el primero que no ve en las batallas y las grandes catástrofes, en la intriga política de cortes y asambleas la realidad histórica exclusiva. Se hace cargo de que nada de eso es la forma substantiva de la vida humana. Esta es más que eso, y antes que eso lo contrario: lo cotidiano. (Ortega y Gasset, Kant, Hegel, Dilthey)

Vamos afugentar, para já, a preocupação de construir uma minuciosa rosa-dos-ventos que nos indique em detalhe os horizontes teóricos que devem nortear a constituição de uma sociologia da vida quotidiana. É talvez preferível, para principiar, isolar e destacar aqueles que poderão constituir os pontos cardinais imprescindíveis, de momento, para que essa sociologia se possa construir. A mais não aspira esta breve introdução.
As respostas à questão: «O que é a sociologia da vida quotidiana?», são tantas quantas as diversas correntes sociológicas que sobre o quotidiano se têm debruçado. Será já satisfatório se conseguirmos delimitar grosseiramente o objecto da sociologia da vida quotidiana sem levar ao extremo a pretensão - porventura inconveniente - de o espartilhar excessivamente. Aliás, muitas vezes, aquilo que um objecto é... é aquilo que os métodos de abordagem permitem ou determinam. A relação entre objecto e método é, muitas vezes, o que constitui uma disciplina, um «campo de saber». Um determinado método pode criar o seu próprio objecto, assim como um determinado

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