Resenhas

Andrea Sachs acabou de se formar na faculdade e recebe uma proposta de emprego em Nova York. Embora não seja bem o que ela tinha em mente, parece que aquele emprego como assistente da editora da revista Runway, uma das revistas de moda mais famosas, vai abrir todas as portas que a farão chegar ao tão sonhado cargo como repórter do The New Yorker. No entanto, ela não esperava que sua chefe fosse uma mulher infernal que a fazia buscar o café da manhã dezenas de vezes só para tomá-lo fresco, não conseguia simplesmente chamá-la pelo nome correto e tinha uma série de outras exigêncas descabidas. Mas Andrea precisava se manter forte, afinal o emprego de seus sonhos está logo ali, basta aguentar mais alguns meses desse inferno.
Eu li esse livro depois de ter visto o filme e devo dizer que, em comparação, a protagonista das telonas vivia no céu. A Miranda do livro é muitíssimo mais cruel e consequentemente a Andy do livro muito mais forte pra aturar tudo com um sorriso no rosto – ainda que superficial. Como o livro é em primeira pessoa você morre de raiva e se sente injustiçada também. Mas o melhor de tudo é que a Andy é uma garota de 20 e poucos anos que poderia ser você, poderia ser sua melhor amiga, poderia ser qualquer um. Os personagens do livro são muito mais interessantes que o do filme. E sem contar o final – ah o final – que no livro foi tudo o que eu queria que tivesse sido desde que soube da história.
Uma das coisas que mais gosto aqui é que esse livro reflete um pouco da mulher moderna. A protagonista não está em busca de um amor. Ela sofre sim – e muito -, mas não por causa de um relacionamento amoroso. Aqui ela está em busca de sua carreira e sucesso profissional. Embora, apareça um romance aqui ou acolá não é isso que a autora prioriza em sua história. Muitas vezes a personagem peca por suas escolhas erradas o que só a torna ainda mais real.
E pra quem não sabe, o livro é baseado numa experiência real da autora que trabalhou por um ano como assistente