Resenha

PAZ, Octavio. “Poesia e poema” e “Imagem”. In:_ O arco e a lira. 2.ed. Trad. Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

PAZ, em sua obra O arco e a lira, descreve as diferenças e semelhanças entre “Poesia e poema , e mostra com isso a importância da “Imagem” sobre a poesia, pois é ela quem faz com que a poesia tenha sentido.
Segundo o autor, ele descreve a poesia como exorcismo, conjuro e magia, como pão dos eleitos; alimento maldito. Isola; une; e já o poema, o autor relata como sendo voz do povo, língua dos escolhidos, palavra dos solitário, pura e impura, sagrada e maldita, popular e minoritária, coletiva e pessoal, nua e vestida. Portando, não existe nada de comum entre poesia e poema, a não ser a métrica (p.15).
Para PAZ, ele considera o poema uma obra e já poesia se polariza, se congrega se isola num produto humano: quadro, canção, tragédia; para ele o poético é poesia em estado amorfo; o poema é criação, poesia que se ergue; sendo assim o poema não é uma forma literária, mas o lugar de encontro entre a poesia e o homem (p.17).
De acordo como o autor, a palavra imagem possui, como todos os vocábulos, diversas significações, por exemplo: vulto, representação, como quando falamos de uma imagem ou escultura de Apolo ou da virgem , pois a imagem é a característica de preservar os muitos significados de uma palavra; e já a poesia, não é a soma de todos os poemas. Por si mesma, cada criação poética é uma unidade auto-suficiente, sendo assim a parte é o todo, não a do que é, mas da do que poderia ser.
Para o autor, o poeta se alimenta de estilos, sem eles não haveria poemas, que os estilos nascem, crescem e morrem, mas os poemas permanecem, e cada um deles constitui uma unidade auto-suficiente, um exemplar isolado, que não se repetirá jamais; e já na imagem, o poeta não quer dizer: diz. Orações e frases são meios, a imagem não é o meio; sustentada em si mesma, ela é seu sentido, nela acaba e nela começa, as imagens são