Resenha o anticristo - nietzsche

761 palavras 4 páginas
O Anticristo
Escrito em 1888, último ano antes de Friedrich Nietzsche perder a lucidez, é uma das mais ferozes análises de que o cristianismo já foi alvo. Dá continuidade ao exame sobre a moral, praticado na maioria de seus livros.
Em O anticristo o autor firma sua posição sobre a doutrina religiosa. Ele mostra como o cristianismo, chamado por ele de maldição, é a vitória dos fracos sobre os fortes, uma vez que induz as pessoas por meio de ideias pré-fabricadas. Segundo Nietzsche, a religião cristã nega o que há de melhor na humanidade, contrariando os instintos de conservação de uma vida que deveria ser focada em uma vontade de poder. Assim ele defende que o cristianismo se apoderou das fraquezas do espírito, tornando-as sua força, invertendo os valores da Antiguidade.
O autor já começa questionando o que é o bom? O que é o mau? E o que é a felicidade? Sendo que para ele bom é “tudo aquilo que desperta no homem o sentimento de poder”, mau “tudo que nasce da fraqueza” e felicidade “a sensação de que o poder cresce”.
A compaixão, piedade, é vista pelo filósofo como a principal fraqueza do homem, pois é contrária aos impulsos vitais mais básicos e naturais e se opõem à lei da evolução. Ele enxerga a maneira de agregar os excluídos como um vício.
Para Nietzsche o cristão é o tipo contrário do homem que deveria ser o desejado, logo para ele a humanidade não representa uma evolução para algo melhor. O progresso não passa de uma ideia moderna, falsa. Porém ele defende que constantemente aparece casos isolados nos quais se manifesta esse tipo superior, o “super homem”.
Os valores éticos do cristianismo são os valores do plebeu, do excluído, movidos pelo ódio aos nobres e não por amor ao próximo, e que a ideia de verdadeiro e falso era determinada pelos padres.
Durante seu discurso, Nietzsche também conceitua que outras religiões apresentam particularidades melhores do que o Cristianismo. Aqui somos apresentados à visão dele sobre o Budismo (“cem vezes mais

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