Resenha - a filosofia na alcova

1435 palavras 6 páginas
Resenha: “A Filosofia na Alcova” de Marquês de Sade

Donatien Alphonse François, o célebre Marquês de Sade, nasceu em Paris em 1740. De origem aristocrática, foi educado com seu tio, o abade de Sade, libertino e voltairiano estudioso que exerceu uma grande influência sobre ele. Terminou seus estudos em 1754 no Lycée Louis-le-Grand em Paris e ingressou na Escola de Cavalaria, onde em 1759 obteve a patente de capitão no regimento de Borgonha e participou da Guerra dos Sete Anos.
Sade era adepto do ateísmo e era caracterizado por fazer apologia ao crime e afrontas à religião dominante, sendo, por isso, um dos principais autores libertinos. Em 1763, deixou o exército e casou-se "por conveniência", com Renee Pelagie Cordier de Launay de Montreuil, filha de um novo rico em Paris. Sua primeira prisão, pelo crime de atos de perversão sexual em uma mulher, blasfêmia e profanação da imagem de Jesus Cristo, vem apenas quatro meses após seu casamento.
Marquês alternava períodos de libertinagem e encarceramento. De prisão em prisão, vai escrevendo suas peças, inicialmente apenas libertinas, mas com o tempo assumindo um caráter cada vez mais político. Apesar pertencer à nobreza, aderiu à Revolução Francesa, porém, o título pesou e Sade foi acusado de ser moderado demais, escapando da guilhotina graças à queda de Robespierre.
Em suas obras, o autor, como livre pensador, usava-se do grotesco para tecer suas críticas morais à sociedade urbana. Evidenciava a moralidade baseada em princípios contrários ao que os “bons costumes” da época aceitavam. Moralidade essa que mostrava homens que sentiam prazer na dor dos demais, e outras cenas, por vezes bizarras, que não estavam distantes da realidade. Devido a essas características, Sade foi um escritor pouco lido em sua época, apesar de ter produzido uma extensa obra. Também foi perseguido por diversas castas francesas, desde os revolucionários de 1789 até a monarquia, e mesmo assim, continuou publicando seus textos. Dentre os

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