reflexão

Com o início deste bloco de Ensino Clínico de Cuidados Diferenciados/Primários apresentei sentimentos ambíguos. Por um lado, surgia o receio perante uma unidade de cuidados completamente diferente, com uma dinâmica de trabalho própria e com utentes com características muito particulares, os idosos. Por outro lado, surgia o desafio e a expectativa de interagir com estas pessoas no sentido de pôr à prova as minhas capacidades, numa vertente muito especifica, a Enfermagem de Saúde do Idoso e Geriatria.
Após uma semana passada no Lar da Santa Casa da Misericórdia da Lousã, chegou o momento de fazer uma pequena retrospectiva dos acontecimentos durante este período. Confesso que inicialmente me senti num contexto relativamente diferente do que estava anteriormente habituada e questionava-me sobre assuntos simples como a comunicação que deveria utilizar, a forma como deveria agir e o que era esperado de mim em determinadas situações. Contudo, no meu ponto de vista, um dos principais objectivos deste Ensino Clínico é estimular a reflexão provocada por situações criticas e consequentemente encontrar uma resposta/solução adequada no mais curto espaço de tempo.
Para além do já referido e não menos importante, considero que o estabelecimento de uma relação empática, através de comunicação verbal conciliada com a não verbal, sendo esta individualizada e personalizada, imprescindível para uma interacção positiva e dinâmica com os utentes e com toda a equipa multiprofissional.
Ao dar início ao EC uma das dificuldades que senti foi a rápida integração no serviço que nos foi exigida e que era essencial para que a minha prestação fosse positiva. A realidade e a dinâmica de um Lar era para mim totalmente desconhecido. No entanto um ponto que considero importante abordar é o mito existente na sociedade sobre a pessoa idosa, quando na verdade não passam de crenças infundadas que acabam por estereotipar este tipo de pessoas.
Assim, o “Ancianismo” como conceito gerontológico,