racismo no futebol brasileiro

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A organização da sociedade brasileira no período colonial estava ligada ao controle do senhor de engenho pela submissão de seus empregados livres e escravos. Estes últimos trazidos de diversos lugares do continente africano foram obrigados a romper bruscamente com suas raízes culturais, pois, eram distribuídos em grupos de diferentes etnias, impedindo assim, a manutenção de seus costumes, como ilustra Darcy Ribeiro (1995, 115):

"A diversidade lingüística e cultural dos contingentes de negros introduzidos no Brasil, somada a essas hostilidades recíprocas que eles traziam da África, e a política de evitar concentração de escravos oriundos de uma mesma etnia, nas mesmas propriedades, e até nos mesmos navios negreiros, impediu a formação dos núcleos solidários que retivessem o patrimônio cultural africano".

A partir da inviabilidade de suas práticas culturais e do ilogismo na adaptação dos valores e das tradições portuguesas, o africano foi adaptando a sua cultura aos moldes brasileiros. Exemplo bem conciso, segundo Ribeiro (1995, 16), está na língua portuguesa mais leve e na religião católica menos ortodoxa.

"Simultaneamente, vão se aculturando nos modos brasileiros de ser e o de fazer, tal como eles eram representados no universo cultural simplificador de engenhos e das minas. Tem esse acesso, desse modo, um corpo de elementos adaptativos, associativos e ideológicos oriundo daquela protocélula étnica tupi que se consentiu sobreviver nas empresas, para o exercício das funções extra-produtivas."

Outro aspecto que comprova tal fato advém do pós-escravismo, visto que, depois da abolição, os negros foram entregues à condição de mão-de-obra assalariada degradante, sistema não muito diferente da sociedade colonial, até porque neste novo processo a escravidão continuou de maneira implícita, estereotipada e discriminatória.

"As atuais classes dominantes brasileiras, feitas de filhos e netos dos antigos senhores de escravos, guardam, diante do negro a mesma

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