Psico Person
Resenha do Texto: Precondiçoões socioculturais pra o aparecimento da psicologia
como ciência no século XIX
Para conhecer cientificamente o psicológico é necessário uma experiência clara da subjetividade privatizada e a experiência da crise dessa subjetividade.
Por "experiência da subjetividade privada” entendemos que é quando todos sentem suas experiências como íntimas, e ninguém tem acesso à elas. Por exemplo quando pensamos por muito tempo em tomar uma certa atitude e em cima da hora decidimos por fazer diferente, sem que ninguém saiba. Isso nos dá uma sensação de liberdade, donos do nosso destino e atitudes.
A experiência subjetiva privatizada ocorrem em situações de crise social, quando uma tradição cultural, dentre estes valores, costumes, etc, é questionada e dá lugar a novos hábitos. Nesses casos, o ser humano se vê obrigado a tomar decisões nas quais ele não tem o apoio da sociedade. A perda de referências coletivas (religião, família, leis) obriga o ser humano a construir suas próprias referências, e assim surge espaço para a experiência da subjetividade privatizada. Isso tem como consequência uma reflexão moral e o sentido da tragédia - que acontece quando o indivíduo se vê numa situação de conflito entre duas obrigações igualmente importantes, mas incompatíveis. O conhecimento e aprofundamento da experiência subjetiva privatizada não aconteceu de forma homogênea em todas as sociedades, porém ao longo do tempo ela foi se tornando cada vez mais importante para o conhecimento humano da sua própria existência.
Em vários aspectos a noção de liberdade é meramente ilusória, e uma das tarefas da psicologia será revelar essa ilusão.
A noção dessa subjetividade surge na passagem do Renascimento para a Idade Moderna. O
Renascimento foi um período muito rico em variedade de formas e em experiências, tendo assim uma produção enorme de conhecimento. Por causa do contato do ser humano com uma diversidade enorme de